quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Em Conhecimento


 Em Conhecimento


 A poesia,  minha arte infra-interior. desmascarada. positivamente franca. raja soprante entre os ventos, esfacela-se em dedos, choca-se em mentes.
 
 O que verbaria, não declamo. não clamais. _ ouvis-te? (não clamais!), se o bom cabrito não berra, agora não berrará mais. e quem for, que fique agora, ou volte para sempre. o tempo é o mesmo. o método sempre difere...

 Em verso, mudo, de alma sem gama, e ao mesmo tempo (com tantas ganas), "porque o calor é intenso no corpo entre o campo e faixa de litoral", são tantas belezas... _ néh? aham?!! mas quem tá pro rolé não quer ficar na memória. meu ser por isso difere, por buscar o diferente. (pecador também sou), errôneo, naturalmente... Somos criados assim desdo os primórdios, é mais um que vive dos erros e acertos, das obrigações e cabimentos, na liberdade tradicional, ou fora desse patamar, no obséquio, sem medo de silhuetas, sem glamour à tantas formosuras, bem sei... "elas só querem pau e travesseiro pra morder"...

 Tanto tempo solitário com a vida que a imaginação deseja refinar-se enquanto vou sujeitando-a... nos tropegos. A fina e translucida retina vê muito, bem mais, ao acalmar sua vista no cansaço dos aflitos. pois minha alma de alguma maneira vai transferindo-se nos estágios naturais, o que sinto é corporal, energia positiva, desde o levantar cedo pra ir buscar pão, ver o sol sobre a montanha, o "ar rarefeito" dissipando pelos pulmões, fresco, verde, de vento orvalhado, e briho que nos dá força para apalpar fantasiadamente todas as forças e metafisicas da natureza. Sem contar o poder da poesia que se faz presente a nós linha ante linha...

 Procuro sempre falar por nós... porque esse esquecimento por mim? será que nunca vou conseguir enfiar estrelas no meu ombro? sabe quando o tipo de personalidade acaba esvaziado-se? quando se usa tudo de uma pessoa, desde o seu melhor, até mesmo aquilo que parece desnaturalizado e incondicional, de saber o que te faz mal e mesmo assim te jogarem na cara e na silhueta todos os dias? pois é meu caro...
 __ ISSO PASSA!!! E TODO CASTIGO PÁ POBRE É POUCO!

 Haverá dias, em que tu te levantarás com uma força sobrenatural. quando teu ser se conciliar com o exterior... quando sua vaguidão espiritual encontrar firme mente um piso de confiança e elevação. a paz é um juízo que os homens buscam sempre nos roubar. seja com uma invenção moderna, seja com uma irreflectida ação. pressurizo as sensações e não estou sancionando nenhuma questão, meu dizer é falar, abundância de força e espírito. porque além da capacidade muscular e motora, meu intelecto precisa cansar.

 Se liga! Vê se num é facil... tudo sempre parece fácil, até mesmo o mais rídiculo ilúsorio. a palavra e o ser é poder. Pode-se se fazer ligação com o universo... é mais fácil do que se imagina. se estiveres conectado...

 Os ventos tem assobiado ternuroso, cheio de força, na ignorância natural de nossa primavera... já diz o rap; "quem é, é! quem não é cabelo avôa!", estamos pra sentir, reflitir, do mais difícil ao tudo que quiser. vamos honrar cada palavra, cada trato, sermos homens como os de antigamente? _ porquê isso? os homens de hoje se tornaram canalhas? nosso reflexo não pode ser o nosso espelho. a voz vai sempre existir dentro de um homem de paz, pois antes da voz ele só esteve em paz, rememore que as dores são passageiras, qualquer sacrifício se tornara resultado imediato da nossa paz, Deus está entre nós, e não quer que nenhum de seus filhos estejam fora de seus caminhos.

 Minha poesia é paz. não é segredo. é interno e tenso. verdadeiro. voraz. violentamente pacífico. não busco algo melhor para mim que não seja de outros, vida, muita vida e paz no lugar que vivemos.

 É fácil ser inteligente, enquanto pouco se usa dela.


 Humberto Fonseca