Sem meias
verdades que sempre foram ditas
Hoje mano,
sinceramente, eu acordei com muita coisa pra falar... mas não queria falar
nada. A desgraça se anunciava lá dentro mas minha mente se compactava em uma
solicitude universal, o labirinto dos homens se fecharam contra ele, onde está
a saída? Quem vai copiar a notícia? Será que andarias tu ou eu sem ouvir? Quem
é capaz de controlar a mente? Quem? Quem? Quem? Quem enfim? Quantas ondas irão
querer frear essa imposição que corre dentro de mim ? quem vai me arrastar nos
redemoinhos dessa subalterna classe que se diz reta sendo plenamente obliqua?
Será que minha dor é a tua? Pois não tenho mais dor. Não sinto mais nada. A
aurora que se fará amanhã vai despertar dentre nós quem é o justo, o digno, o
soberbo, o escuso, o natural e o desnaturalizado.
Sou eu quem controla
meu corpo. Meus nêutrons se auxiliam, sem interagir pela vossa perseverança. E
as dores intracranianas, os roedores falsos, cascalhos de bicho, ao de suportar
a vossa insônia enquanto durmo. Minha impaciência se encontrou, mas não se
perdeu, e ta voltando a consciente forma de enxergar os homens, ver os seus
valores morais peculiares, e não suas moralidades infinitas, e sábia a nossa vã
e consciente mente que safa-se da neurose, esse “pastor disfarçado de grandes causas mortais”.Sabes tu? Nem eu? O dia de amanhã nos pertence, o amanhã não nos pertence, o amanhã não nos pertencerá. Contente-se com o hoje, é velho o dito, é simples a causa. E só nós teremos a satisfação terna de sentir isso de perto, e se para ter postura deve-se elevar-se, estou apertando os botões no momento desse elevador parado, que não sobe andar algum, não leva ninguém, e vive de portas abertas oferecendo os céus e as terras enquanto nunca saiu do térreo.
O mundo é lindo. E
quantos querem sair por ele a fora? Mas a timidez ofusca as brilhantes almas...
os grandes se tornam pequenos, e como disse o senhor de toda esta Israel, pois
a terra hoje inteira é a mesma Israel de anos passados, onde Deus mostra que
existe e assola as almas em uma devastação que é impossível entender a causa e
a satisfação dele em ir contra os que dele imaginam não ter medo. Vocês temem
Deus muito mais que suas mulheres...
Quem sabe, risos profanos podem subir do outro lado,
podem varar paredes, sucumbir os extintos paradigmas, as inconformidades de tua
semelhante voz, cada ruído marca uma entrega, um passo, um movimento, e a nossa
capacidade de crias vai do sobrenatural ao natural, nem tudo é inspiração, e
nem todas inspirações são naturais. Somos confusos, insanos, e prevemos
sucumbir-se de entendimentos, quem é capaz de fazer telepatia em uma mente? Que
pode mudar a cada instante e evoluir sem precisar de uma outra força que a
nutra. A postura é necessário, eu sei, também vou mudar sem causo algum, sem
atenção alguma, tenho buscado meu caminho, e nunca me desamparei dos
necessitados. Toda minha pobreza está exposta, e minhas falas não serão
copiadas, porém lidas, e maleadamente captadas por extensos fios desencapados
tracejando em um grau confuso. O cérebro é energicamente regular e
incapacitado... as vezes uma pequena pedreira, detona uma montanha gigante, e isso
leva anos de extração, mas os homens conseguem extrair tudo, devorar o gigante
que encontra-se dentro de nós impedindo de avançar, nos dias de hoje, encontrar
a humildade, é pior do que encontrar sorte e ganhar na loteria juntos, quem tem
têm, quem não tem se vê... tem gente que confunde humildade com pobreza, enquanto
ela é uma riqueza que os seres humanos não conseguem juntar. Mas isso é normal,
é como uma câimbra nas pernas, depois que você muda a posição da perna passa.
Nosso corpo se cura sabiamente, o organismo rejuvenesce, prometo a vos, curar
as nossas feridas, seremos adeptos de nenhum templo e muita saúde. Arrotar
caviar é fácil, quero ver um punhado de farinha seca.Meus costumes. Esses sim são quase infalíveis, diria que imediatos, substanciais, e quase sempre remotos. Tem controle pra tudo. Paciência pra tudo. Um corpo imóvel, móvel, que sabe esperar a luz da justiça, nunca um raio qualquer. Pois justiças fazem a partir do momento que espero o passar andar levemente sobre minhas narinas. Eu pouso em voz branda, eu silencio todos os sons. Eu vos esqueço, que sois uma pessoa como eu, mas não posso destratar, desamparar, esquecer que a nossa chaga vai se eternizar na paz.
Os labirintos e confusões,
o hino’culto, do culto em rito, essa predominância estrutural, vai ruindo aos
poucos todas as ilusões e desesperos vão vendo que se for pra viver no inferno
eu vou viver, se for para pro céu irei, mas não preciso confiar a ninguém essa
existência da alma muda. O falar, como é alegre falar, dizer coisas boas e
coisas ruins, mas dizer, mostrar-se hipócrita por dirigir opiniões, mas não ser
um rastro sem luz, uma vida que não seduz, um corpo que não ambiciona, ou
tampouco, pra se fazer tomar os algozes perdidos.
Eis o que o dom ambiciona.
A paz interior. O silêncio claro, e não obscuro, essa tensa e falsa prepotência
irá consumir-se dentro de alguns, poucos, instantes. O vento abusará de vós, e
as flechas do senhor vai consumir-nos, porque são dignas de nos acertar. E
aquele que é abatido por ele também será salvo ou do contrário, a morte é isso
mesmo, para todos. Só que o que há de vida não é só bem maior, como bem parecido com o menos, a salubridade, o conforto e compaixão, faz-se soberano em todas as circunstâncias. Só somos testados quando entendemos, e só entendemos quando somos testados. Até as mais potentes e universais tecnologias falham, o homem falha, dorme e não sabe nunca se vai levantar-se.
O que nos obriga a
compreender a vida é o que está dentro de nós, não o que construímos, benzemos,
ou fazemos para que erga-se com a vontade do sucesso. O sucesso tem que ser o
exterior. Pois toda exuberância maltrata de alguma maneira um olho calmo e
irresoluto que desconhece as capacidades, (da pobre mente), que se diz
influente.
Não é atoa que quem sempre vai apartar uma briga acaba tomando um soco no olho, uma bofetada da esposa, uma pedrada da namorada, as vezes é melhor deixar rolar do que abrandar o fogo. As águas uma hora baixam de vez...
Humberto Fonseca
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