sábado, 6 de janeiro de 2018

Humberto Fonsêca - Café do Poeta

Foto - "Talvez em 1901"


Café do Poeta


Não acredito,

Acabou?
Irei fazer mais um bule.

Mas porque fósforo?
O café do poeta tá sempre no fogo,
Borbulhando o enunciado.

Água de dados,
Chaleira de surtos,
Tentando uma mágica.

Conquistar,
Passar uma energia,
Falar algo que lhe convém.

Com suas histórias,
Ou nossas estórias,
Este é o vínculo.

Viajar sem asas,
Recomeçar de perto,
Parar o fim.

Café pronto!
Xícara cheia,
Gosto com muito açúcar.

Aceita?
Esse tá forte,
Pode tomar.

Eu mesmo tomei cuidado,
Com medo de me queimar,
Quem sabe você gosta.

Não tem veneno,
Só dez estrofes,
Com trinta versos.


Humberto Fonse
ca

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