quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Humberto Fonsêca - O Amanhã



O Amanhã


Pode ser como queres,
Bem diferente do que desejas,
Alegre, triste, incompreensível.

Um entusiasmo iluminado,
Trevas de pensamentos,
Sendo sua chance, sua derrota,
A batalha diária ou a diária da batalha.

Desenhamos os dias,
Mesmo sem acreditar que eles virão,
É a lógica de viver,
Acreditar no que não se ver.

Tombo meu destino sem descuido,
Eu vou de sol a pino,
De inverno à verão,
Outono ou primavera,
Não me importa a estação.

Odeio essas estrofes em rimas,
Que fazem os dias parecer iguais,
Com um poeta desnaturado,
E a poesia intitulada de conhecimentos verborrágicos.

Nem um dia é igual,
Há não ser,
Que já estejas há muito,
E distante do tempo,
Trancado em sua casa,
Sem ter coragem de encarar o dia.







Humberto Fonseca

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