Sobre Silêncios Metafóricos...
A vida toma tanto tempo quanto os pensamentos, essas palavras que esvoaçam nossa mente embaralhando todas conclusões possíveis e impossíveis do que se gosta, do que se ama, do que se respeita, não se traduz bem em palavras, ou traduz-se muito, pois querer dizer as vezes me parece mais que sonhar, pois se sonhar é querer, dizer é poder.
Dias conclusivos, complexos, tem me rodeado, sinto-me como um touro passando batido pelo pano vermelho, sendo espetado brutalmente nas costas por espadas que ficam na pele fazendo-me sangrar as vontades da evolução da luta, a garra de sobreviver com força para não machucar o coração, manter-se digno, correto, e com distinção pelo certo é mais confuso e duro do que se imagina.
O certo e o errado conduz nossa indução, razão, cordialidade, a brutalidade da vida comigo tem sido eficaz, nada ou tampouco inerente (ligado de forma inseparável ao meu ser), onde tenho sido meu pai, mãe, irmão e amigo, riscando esperança e felicidade com meu nome ao meio de uma tourada brutal, da qual muitos da plateia riem, batem palmas, cantam para a queda de um touro bravo e selvagem correndo para matar o covarde pela simples e dura sobrevivência.
Amor é uma flor espinhenta, bela, cheirosa, que perde suas cores e seca. Manter o amor dentro de si mesmo é a maior adversidade em meio de tantas diversidades, nosso coração deseja florescer, mas parece que sempre haverá surpresas involuntárias para mudar a rotatividade de pensamentos e emoções em nossa querida direção. A vida e suas surpresas contém mistérios agradáveis e desagradáveis afim de nos por em distância do verdadeiro amor que procuramos. Seja ele por um parceiro, por um familiar, por um amigo, por um desconhecido, por aquilo que se deseja, o amor é a maior possibilidade de que alcançaremos nossa necessidade pessoal, por mais que ele machuque e te aquebrante, te faça repensar em tudo que está fazendo, o amor é minha terapia ocupacional de aceitação invariável.
Voltando a tourada, em meio a um espetáculo, cortejo único, pareço morrer brutalmente nas mãos de covardes por ter tanto amor a distribuir, dar, passar, mostrar, exibir, que o que está dentro é mais substancial do que todo estes estereótipos fétidos, mesquinhos, de beleza descomunal e roupas belas onde se faço de cego, e miro os chifres para derrubar o oponente, afinal de contas, quem tem muita sabedoria, sabe que fraqueja com amor, daí sua dureza, ineficiência em reconhecer que seu oponente pode não ser forte, inteligente, culto, mas tem uma da mais contundentes expressões humanas que nos incorpora desde o dia de nosso nascimento; a pureza.
Fazia dias que junto palavras e as mesmas não me saiam, não sabia o que escrever por estar dizendo muitas coisas, ao mesmo tempo, a muita gente, e sinceramente, cada dia a gente vê que o ser humano endurece a cerviz, embrutece o pensamento e monta em seus costumes para construir um castelo sempre maior que sua humildade. E já que não nos passam ela, acabamos por perder nossa educação e exibir a brutalidade, temos sempre uma pancada a oferecer depois de dar as mãos e olhares verdadeiros para uma pessoa, a falta de entendimento de uns sempre lhes voltará como julgamento.
Contínuo,
Bravio,
Sem esporas,
Vou cair na arena,
Meu sangue vai refletir,
O poder de sua violência.
Preparem-se, a luta só está começando, serei um gladiador sem poderes, acostumado com a felicidade e infelicidade, sabendo sempre como são os bons e maus momentos, repetindo e mudando as táticas, com armas mentais, sem jogos, malícia, enfrentando frente a frente, corpo a corpo o oponente, opositor, rival de minhas sinceridades.
Melhor ser um animal irracional, do que se juntar a homens com espírito voltado para a maldade.
Humberto Fonseca
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