(A Força, A Fraqueza) - (O que Nos Tornam Fortes)
Poesia de: Humberto Fonsêca & Karina Meireles
Humberto Fonsêca |
Meu posse de palavras é de uso restrito, nenhuma força pode ser arma, nenhuma força pode ser desarmada, em minha ama carrego as dores que me fizeram viver destoando as palavras. Ignorância e poder não apenas corrompe, sucumbe, maltrata, desfaz sonhos reais em pequenos parques de diversões cotidianos aos palcos violentos dos endeusados pela soberba, magistrados pela calúnia, forçados a manter a opressão como um estilo de vida salvado e completamente indefinido com as nossas satisfações interiores.
Meu posse de palavra é de uso restrito. Irrestrito aos imorais, pois só assim lhes posso atingir, lhes posso fazer sentir, sentir a supressão de que suas técnicas falidas já alcançaram o ápice da copia de quem nunca soube como buscar as verdadeiras razões de ser, viver, existir.
O ódio deve ser um abrasivo, do qual podemos colar e retirar. A dor deve ser uma palavra da qual poderemos riscar, as folhas devem ser meras ilustrações das quais não podemos sonhar, as ilusões devem ser verdades, pois por elas esperamos todo tempo desde a breve existência até as confluências no além-mar, além-mor, além de nossa alegria e tristeza que nos sustém.
Meu posse de palavra é de uso restrito. Inefável serei aos assassinos de sonhos, cruel terei meu destino aos retidos sem sono, na amplitude de embalar as balas que vão fazer viver ao invés de jazerem os homens que buscam no meio desta calúnia a auto afirmação de sua existência mediante a verdade dos fatos.
Meu posse de palavra é de uso restrito, indignado, sem conclusões, sem autoritarismo, é o simples uso da palavra sem medir consequências, leniências, experiências, estritamente rigoroso ao verbo.
Quantos fazem da realidade sonhos, segurando em moletas o sono de viver sem acordar, temendo lutar contra a cobiça, a usuria, a ambição, a vingança, sentimentos sutis que destrói a vida dos bons homens.
Sobreviver ao esquecimento,
No sumário de sínteses,
É uma tese,
Na antítese,
Da ciência poética.
Humberto Fonsêca
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Karina Meireles
http://karina-meireles.blogspot.com.br
Karina Meireles |
Noite fria, carne fraca,
e pensamentos nefastos como tiros de uma guerra,
corta o silencio da alma,
faz-nos sentir algo além de nosso próprio ser,
além sem sorrisos estalados ou cardápios variados ...
habitamos há fome.
A credulidade dos dias
...
passa
sol
vozes na praça
poeta iluminado
palavras
ecoam na alma
sentimentos expostos
em versos
há calma
tumulto
experimenta
a ciência
o fenômeno
a escrita
passa
Entre as vontades dos dias e a realidade da alma.
corta o silencio da alma,
faz-nos sentir algo além de nosso próprio ser,
além sem sorrisos estalados ou cardápios variados ...
habitamos há fome.
A credulidade dos dias
...
passa
sol
vozes na praça
poeta iluminado
palavras
ecoam na alma
sentimentos expostos
em versos
há calma
tumulto
experimenta
a ciência
o fenômeno
a escrita
passa
Entre as vontades dos dias e a realidade da alma.
Sem ternos quentes aparentes, desfilamos, ato falho negamos, ato por ato debulhamos.
O ser que esta em mim se transforma perante o ser que existe enfim.
O ser que esta em mim se transforma perante o ser que existe enfim.
Fala-me de rimas das vozes perdidas, qual sonho persegues do dessaber ao saber do dia, inacabados seres, conscientes inacabamos.
Como se fosse poesia guardei seu verso no bolso a tempo de jogar,
As cartas na mesa
Sorria que como antes
Há tempo.
Karina Meireles
As cartas na mesa
Sorria que como antes
Há tempo.
Karina Meireles
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