quarta-feira, 15 de maio de 2019

Poesia - Literatura - Os Espaços das Inverdades - Humberto Fonsêca



Os Espaços das Inverdades

           


              Quem nunca sofreu um preconceito ou calúnia, jamais vai entender ou suportar alguns momentos desta irredutível e inefável insistência de sobrevivência, da qual chamamos absolutamente de vida.

              E se continuamos até morrer por meras especulações, ou por puro prazer, livrar-se do ódio absolutista e das santidades perversas, é o caminho para descarregarmos nossas revoltas sem nenhuma neurose, apregoados em numerosos plebiscitos de satisfações oligárquicas e quimeras imperiais...

            Os insistentes donos do poder contraditório se auto contradizem, vestem a cueca por cima das calças, tiram as calcinhas sem ao menos ver para quem realmente está dando, não se separam mais "as injustiças dos verdadeiros e as verdades dos justiceiros", e querem a custo de toda democracia hipócrita dizer que estamos suscetíveis ou sustentados por estes bando de miseráveis poliglotas da única linguagem visível; (roubo e prostituição), pois se prostituem quando roubam e roubam quando se prostituem, mais amplamente diversificando a você leitor que parece débil, mas sei que não é, vos digo; (eles estão a se vender até mesmo de corpo e alma), querem salvar a imagem, mesmo que deteriorem todo corpo.

             Quanto mais o corpo e de cristo, o corpo de Buda, o corpo de quem seja lá uma imagem revolucionária, para se esconder entre as falácias de códigos suntuosos e missões fraquejadas pelos quatro cantos, pois; quando se compra, é apenas um consumidor, mas quando se luta, podemos chamar de guerreiro.

             E a luta da qual estou virilmente explanando é de que "não estou a venda por estas lutas", e que simplesmente, a minha liberdade é uma expulsão, não deve ser retorcida, divertida, tampouco mal entendida ou compreendida de outra maneira, pois, saibam; não estamos no mesmo barco, apesar de o destino ser o mesmo.


            A minha esperança é fonte renovável, energia que se converte com a sabedoria, e em todo esse pequeno espaço de poucas palavras, havia muito pensado, talvez contumaz, para que fossemos ampliados neste exato momento, vocês nunca criaram, sempre inventaram, plagiaram, diversificaram uma originalidade que renasce a cada instante, pena que seja no eu interior, e não nesta vontade absolutista exterior de enganar a sabedoria, pois se saber não ocupa espaço, aqui estou ocupando este exterior espacial vazio de suas improvisações fraudulentas sem nenhuma inventividade.



Humberto Fonsêca

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