quarta-feira, 15 de maio de 2019

Texto - Literatura - Escola Pública, O Brasil Que Não Se Conhece - Humberto Fonsêca




Escola Pública, O Brasil Que Não Se Conhece



           Diante dos atributos, da democracia, da hipocrisia populista, da surrupiação do estado que se "diz, democrático, sonha em ser democrático, aspira ser democrático, esbanja ser democrático, ambiciona ser democrático,  se ilude dizendo ser democrático", distante das realidades brasileiras e do futuro, "incerto no futuro pretérito mais que certo", desejando enaltecer poderes e oligarquias falidas, histórias sucateadas, atrasos mitológicos, ambições propagandísticas, o Brasil que acordamos é o Brasil que sonhamos, é o país democraticamente mais podre da face da terra, é o país mais intrigante que podemos citar, é o país mais rico e miserável do qual podemos viver, é o país mais covarde em que pode lutar para ter uma vida digna, é o país mais indigno para se ver a dignidade, é o país fraudulento, impróprio, sonegado as sonegações, Que País É Esse Renato Russo, Só Deus Pode Me Julgar MV Bill, o que podemos esperar destas superioridades inferiores? destes inferiores metidos a superiores?


            Triunfamos em um passado desonesto e um futuro propenso a missões cooptadas para desmerecer nossos semelhantes, não nos conhecemos como povo, nem tampouco, nos conhecemos como cidadão, reclamamos e não conhecemos as leis, estudamos e não sabemos para o que, porque, ou quando será algum dia usado tal estudo, são as propriedades observando todos os círculos motivadores de vingança e falta de honestidade, lutamos inalienavelmente para propiciar justiça, somos de uma justiça alienável e mitigadora, aprendemos com nossos professores o que nunca iremos usar, pois nossos professores, são mestres também na arte de omissão e falta de caráter com o momento simbólico e castigado sobre a realidade brasileira.


            Um país sem capacidade de julgar seus réus, um país sem capacidade de julgar as decisões, um país sem capacidade de estruturar suas diferenças, um país sem capacidade de abreviar a pobreza, um país sem capacidade de distribuir a riqueza adquirida por tantos trabalhadores, um país sem capacidade de se perguntar, para onde foi a nossa capacidade? Pátria amada, quem será o nobre nos seus palanques, bancadas, planaltos, supremos?


           Brasil, como fazer para se extinguir de teu povo, nunca de teu país, como fazer para abandonar tantas ideologias, nunca tuas nuances, como fazer ara se desarraigar da sociedade hipócrita, nunca de tuas naturezas, como fazer para abandonar tua imbecilidade populista, nunca teus conceitos mestiços, Brasil, o que fizestes para ter um povo ingrato, cruel, podre e salafrário, indignos de ressurgir os valores de uma pátria, a verdadeira identidade do povo onde se esconde, quem poderá explicar a capacidade corrupta e mesquinha, quem poderá educar por instruir, para sermos cidadão orgulhosos, para sermos um povo capacitado e digno, para ser um povo que independente de suas características e raízes encontro o retorno de sua integridade.


        País que se submete ao invés de enaltecer, país que se mostra ao invés de aparecer,m país que se esconde ao invés de expôr, país que coopta ao invés de institucionalizar, pais que institucionalmente apodrece na burguesia assassina e ladra de sonhos.



Humberto Fonsêca

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