"A Beleza da Sinceridade"
Como pode o poeta chegar a tal miséria e dizer-se intelectual...
Filhos do destino nada podem.
Quando se encontra um ouro que não te traz felicidade,
Um “ouro falso” lavado em chuvas negras,
De todos os sofrimentos e sonhos, abnegações e realidades,
Torcendo e derrocando o saber numa profundidade rasa.
Essa é a compatibilidade do poeta,
Buscar o passado em um tempo presente,
Falando sem recados, você exuma seu... Espírito!
Antes morto,
Para ser apedrejado diante dos fiéis,
Dos putos, das soberbas,
Gostosas e lunáticos!
Que juram de dedos cruzados ser de um mesmo planeta.
Porque não me deprimo.
Adoeço.
Enfraqueço.
Desisto?
Para que tanta vida sem ver o resolver das situações que fogem como água entre as mãos,
Destratamos nossa felicidade por angústia,
Pois as vezes temos ela ao nosso lado.
Não busco mais nada além de mim,
E a cada encontro com os “eus e os outros”,
Transformei todos os meus amores em lembranças,
Família, amigos, cidades,
Lugares e terra natal.
Sou a força em poder do medo apenas de ser cigano,
De ler mãos,
Adivinhar futuros,
Imaginar situações que não possa cruzar por estas silhuetas binárias,
Encorpadas, bem vestidas, delirantes e formosas quando se entregam na surdina...
Vou buscar o fim e trazer para que o começo veja e não retorne para este lado do sol.
Por mais plano que seja a terra,
Algo esconde-se,
E meus olhos,
É um vão longe sem choro caído nostálgico.
Não é difícil matar um leão por dia...
Impossível parece, acordar antes dele.
Humberto Fonseca
Nenhum comentário:
Postar um comentário