terça-feira, 4 de junho de 2019

Poesia - Literatura - Humberto Fonsêca - Entre os Vales do Mar





Entre os Vales do Mar




"O que seria da vida sem o líbido matinal... 

Amanhece por aqui, 
Já sente-se levemente o poder do fim do verão, 
(Com toda força) vou incensando e orvalhado nos cercados, 
As casas de aranhas visualizadas por gotas-d'água, 
(Na manhã me sinto com os poderes de Deus e os instintos do capeta),
"Este segundo sempre em nome menor, derrotado, ineficaz"...
 
A manhã que ainda não esfriou, 
Pois o sol pondera, 
E logo mais vazará sobre as nuvens as razões dessas águas,
Entre os vales,
Vê-se rochas e os espartilhos soltos,
Daquela que se dilacera no choramingar do dize...

_ O filho do tempo passou a viver por aqui..."






Humberto Fonseca

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