quarta-feira, 22 de maio de 2013

Poesia: "Separados" - Humberto Fonseca

Distinta sensação,
Ação, contexto,
Palavras mais que ao vento,
Ao sineto...

Verso o trocadilho,
De uma passagem,
Que por toda vida,
Parece estar fechada.

Estátuas, esquadros, espaços,
Curvas, cinética, compulsão,
Versos, verbetes, valores.

Marolas, maremotos, de marés,
Bebo, batalhas, bicando,
Rupturas, raptadas, relvando.

Esculpo teu corpo na minha mente, resta-me algumas formas ainda. Resta-me uma sobra infinita do que não sei, e do pouco que sei, mas se soubesse, não esqueceria jamais. Pois conhecer-te, nem pode ser mais chamado de vontade, é sonho, de um dia, uma tarde, uma noite, de verão. Mas este já se fora, faz meses, e tu pareces que também, partisse entre meus saltimbancos momentos, tudo está desconexo, as energias esvaecendo, o corpo antes mudo-falante, agora mudo, e o silêncio não comporta minhas energias, explodem, pipocam, retornam o poderio de lutar contra si mesmo para vender ninguém.

Tempos modernos, difíceis, conjugados em marcas sem fim, um amargo salubrificado, emoções neutras, um compasso parado, cheio de oportunos sentimentos, que me faz perguntar e rever; onde está minha essência?  O pedaço de tu'alma.


Humberto Fonseca

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