domingo, 28 de fevereiro de 2016

Sensor'Arial - Poesia - Humberto Fonsêca





Mulheres de ondas silenciosas,
Seres inteligentes, sutis, doces e bravas,
No conta'gotas, enfermando-nos de desejos,
Na elétrica voz de resistência,
Desafiadoras sobre a orientação das potências,
Negociando fúrias silenciosas e milimétricas.

Sobre a ionosfera dos corpos,
Cintilam, bravejam, a sexualidade incisiva,
Discreta, emoldurada, em cada borda, no arredondamento ativo,
Indicadores de calor, células, correntes,
Transmissoras da medição dos sentidos.

Nossa triangulação acústica,
Em quatro paredes silenciosas,
Dois corpos se atraem e se repelem.

A violência no pequeno espaço cúbico,
Sobre essas eletromagnéticas casuais,
De delícias sobre verões intensos, densos, extrema'quentes.

Radiações atmosféricas,
No longo beijo de corpos,
Desatinando os sabores pedidos,
Fototransístor sexual obcecado,
Desempenhando nossos sinais elétricos,
Na densidade dos plasmas algorítmicos,
Explodindo a erosão,
No ultra sônico de nossa alegria.

Anomalias gritantes,
Repulsam o teor da serenidade,
Comutação específica,
Em nossos sensores de fluxo.

Rarefação, rarefeito, raro e sensual,
Nestes graves pesos intelectuais,
Despertando os imprevistos'previstos.

Sumários quânticos,
Poemetrica'mente,
Incisivas nestes meus laboratórios instintivos.

Humberto Fonsêca


 

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