O Repouso da Mariposa
O Repouso da Mariposa, é uma série poética criada por Humberto Fonsêca em meados de 2010 e 2011, quando ainda iniciando minhas possibilidades com a escrita, tentei relembrar alguns fatos da minha infância, causos, histórias da cidade de Maceió-AL, precisamente, a vivência de jovens criados no Village Campestre II, Graciliano Ramos, Denisson Menezes, Lucila Toledo, bairros que entre 1990 e 2006 era considerados como as desovas da constante violência urbana que ataca o contexto social do nordeste, das quais inclusive em 2017, as cidades mais violetas do Brasil ainda são as nordestinas.
Quando se mudei para a cidade de São Paulo, era sempre debates demorados com os meus amigos pela forma de falar, de agir, de ser, o que causava espanto, risos, e principalmente, uma
"comunicação estrambólica", foi nessa busca que escrevi esses poemas tentando descrever o palavreado, a linguagem, a oralidade verbal incorrigível do nordestino, este modo impessoal de falar e se colocar com cotidiano, pois a "norma culta, é sempre norma culta", 'a norma popular é indecifrável", são as expressão não apenas de fala, mas de rostos, arquétipos, tiradas, cortadas, a brutalidade bela, nós nordestinos, somos distintos com a nossa fala, nossa forma de se expressar, de exagerar os fatos com uma naturalidade exemplar, ingênua, e que cultua ao longo dos tempos, a falta de cultura e estudo que os antepassados nos deixaram como fonte de conhecimento, de entendimento, de simplicidade, de orgulho, pois é preciso estudar mais sobre estes costumes, do que a cultura explicada que os cultos nos contemplam, a fala de um povo e suas expressões são o mais exemplar exemplo de nossa existência e diferença como um país miscigenado, de matrizes africanas e indígenas.
Em muitas palavras a seguir, é preciso atentar para a junção, para a possibilidade de abrir o pensamento e encaixar a palavra, não é que o português esteja errado, mas é que os nossos criam diferentes fonemas para o português, e esse texto em si é uma abertura para essas imaginações das palavras, de ligar diferentes cotidianos, e principalmente, é uma vivência do autor, é um misto de ficção e realidade.
As poesias a seguir são de inteira autoria de Humberto Fonsêca, uma série de 21 poemas que foram feitos em um período fértil de minhas produções, em madrugadas dolorosas, e como sempre digo aos meus amigos que tenho muitos escritos, é difícil compartilhar, pois a esperança de publicar, de lançar, de fazer livros, são uma responsabilidade inteiramente deste autor, porém, conforme os anos passam, e cada vez não existem incentivos, apoiadores, pessoas que possam investir, e vemos ainda por cima, péssimos autores publicando constantemente, autores que não tem história, não tem vínculo com a arte, um bando de bunda mole que se acha literata, é nossa virtude mostrar que manter o público que visita o Rarefeitos Imbitubianos, que fazem disparar as visitas, que no seu silêncio como leitor, me incentiva a acreditar que não é o sucesso que produz a literatura, mais que com um tempo vamos cultuando nosso público.
Parabéns a vocês que visitam este espaço, que acreditam na arte, que faze da literatura u meio de informação e cultura.
Abraços, beijos, boa leitura!
Atenciosamente,
Humberto Fonsêca
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1* __Deslizamento
__
Cuidado! Mais um vejam! Vamos sair antes que nos arraste!
Eu
tinha pensamentos bons antes do dia mal... Queria uma letra entre o coro e a
maturidade, queria levian-verdade! Cadê meu choro, roubaram até minhas
lágrimas, foi preciso ancorar as tristezas, vê-las em um barquinho de longe
pegando fogo, estou no recanto da senzala, vendo "negrinhos", vendo!
E troco por dinheiro! Esses holocaustos variantes de pessoas varejistas,
atacado eu impermeabilizo um teto frágil, solúvel e sem alinhamento, ferragens
de ossos com exclusividade de lançamento torto...
Como
pode um escritor perder tanta coragem? Abraçar a falsidade, ter pseudônimo
incerto, asselvajado, querendo ser um covarde bárbaro, estuprador de emoções,
pérfido por bucetas que tanto come em linhas rápidas, "se fosse um Bocage
teria vergonha", meus atributos é de quem vive sem atirar pedras, e mesmo
se elas estiverem na sopa não saboreei estas moscas...
Cuspidas
por tua boca incauta, "voltam a voar e cair em pratos alheios", sinto
o por que de adoecê-los, sem hesitar um conto maldito, com poucas palavras
benévolas em um texto, sou funesto e subsiste.
Tenha
compaixão, quer ser alvo dos bichos? Deve ser muito fácil falar de avarezas,
salubriar riquezas, submergir todas diferenças aparentando-se um qualitativo
composto, massificado como uma frente fria, granizo que ao cair em terra vira
água.
O
seu negócio é lucro certo, muita economia, acessos proibidos, digamos um
"Boiadeiro Gril", até parece que tenho andado em templo de umbanda,
né caboclo "Flecha Branca"? Tem pessoas fazendo rituais para que as
coisas deem certo, mas eu não! Eu não! Apenas trabalho, enrijecido com um tanto
de coisa que li no (Socialismo), ainda assim trabalho! Seria eu um preguiçoso
libertário cheio de fundamentos?
Aquele
squash, prédio tosco no resto da cidade pode criar uma filosofia fora do patamar
escrivão de filha-da-putagem! Visionários cafetinos da caneta, salesianos de
escola pública, por terem um si, em seu ser, por não ser quem está em si, sem
contar a grandeza absoluta, renomada e tatuada até na...
Lembro
do que minha avó dizia:
"Menino
tu quando morrer vai ser um caixão para o corpo e uma carreta pra-língua!"
2* __Repouso
da Mariposa
A
estrela subiu a partir daquele instinto vigoroso, onde a braveza tá na mão
direto pra cara!
Trocando
as partes, razões dos jogos, e juízes de uma indireta ameaça, "a justiça
comportada é revolta de todos", só que o martelo, a palavra, uma sentença
é feita ao começo do entendimento, o de saber que o céu rachou.
Não
falo de concreto, cidade, a ideia conquistou o espaço, fugi-o do meu parecer,
sinto o poeta perdido no físico, "tirando a saúde ao incenso gasoso,
cabendo em si a insuficiência, um espírito vago de raro espaço, encontra-se
ainda perdido, por cima de tenebrosas fantasias recolhia-se ao pouso". O
corpo tem sua energia vitalícia, ainda que pareça fraco, velho, seu espírito
tem fora das esperanças algumas rubricas antigas, a força da vida, a
brutalidade de obrigações, uma compilação de rotinas, compilação de dias,
correndo da xerox, desse fácil copiar, reformar, refazer, reeditar, "nem
temos presente... Nem temos..."
Sabeis
sobre os versos que o parentesco de tiração, proeza do autor, é querer em
alguma dessas linhas, em alguma dessas, uma forma de espanque, preferindo
tombar suas palavras em seu histórico perdido tempo. Realmente, ter que calar a
dor adverte em jugos as responsabilidades, por mais inútil que seja, por mais,
leve, só, renda a confiança com ato de crueldade.
Pontualidade
e obsessão em rumos perdidos, para os que precisam valorizar as feridas.
Há controvérsias de uma repetição atômica, é hora de escrever sem jogar na
cara! Essa cusparada tá molhando muita gente que não está pronto para
chuva-de-boca, de guarda-chuvas, em volumes do holocausto poético em para-raios
que descem instantaneamente no crânio podre, essa tonalidade que me passaram de
mediadora me fez um distinto observador, (habitual), por NYX e as "noites
perdidas naquelas outrora de nuclear."
Subestimo
a altura, os andaimes, por não saber o alicerce, sinto a técnica *Gimenez
Vincebuz, "nós não vamos subir até eles! vamos derrubá-los! veremos
quem são em nossos campos". Haja concentração, cautela enfurecida,
onde pittbul é assim mesmo... Vingativo, (come na mão e morde o dono), prefere
carne, ração é pra porco!.
"Boiadeiro
Grill", menino de sorte, abandonou o pandeco, agora mostra sua fome,
apaixonou-se por talheres de prata com ego-florista, uma medição de cubismo, renascença,
que pra mim mais parece uma tropicália guardando-se em qualquer abrigo... Ele
esqueceu por alguns momentos onde estava.
Isso
está me parecendo uma consciência de teologia, de uma forma rupestre em baixas
ondas, sobre um terral bramido, esguichando em pedras com estrondos molhados,
na salmoura! Tem sua vidência eclesiástica, o sumo desprovido pelo
"devir" devo ficar? Devo ir? Que filosofia é essa que cabreira do
ponto que começa? Capaz de atravessar o tempo para viver em inércia, flutuando
em cabeças, causando amores e decepções, em longas datas "este típico
pensador não vem fazer serviço, (A Balsa), quem sou eu para atravessar corpos
entre rios, cruzar eles em minha ponte é infortúnio e ameaçador, não me
questiono mais pelas preposições alheias, sempre vivi do meu jeito e não tenho
mais a quem agradar, ou permanecer como uma estatueta vulgar e parada, calada,
subo em minha jangada para ir em uma próxima corredeira, nesse instante... O
que reflete a situação memorável são meus sonhos, objetos que descartei de uma
forma inadequada, itinerante; pegaremos o mesmo salva-vidas... Morrer juntos
não!)
Tomando
sangue vivo para viver sadio. Sádico morcego matutino, de asas aparadas, voos
curtos, sem sair de casa para tirar a pedra do sapato ou machucar um absurdo,
"a liberdade tem sua ceia de oferendas ao corpo", se borrar vasos é
filosofia molhamos os pés com as porcarias mais, menos, ingênuas dos vagos
mundos pessoais... O pensamento de abreviar e nomear denoma-ações em uma
correlação de futuro no empregar da história.
3* __ Ramos
Fazemos
nossas mijadas e cacas, com uma filantropia de amor, causamos em nós mesmos a
satisfação completa, (um suicídio entre corpo e prazer), arte para quem merece,
em beijos que você não vê; é uma "Fiada"; "fadas rasgando as
roupas na putreficidade medieval, regência de curneados reinos", que sejam
unidos e bem perto de mim, (tomemos para nós mesmos aquilo que o mundo
não sabe), o trato com sua vida. Com seres intitulados de heresia,
niilismo que de fato coincide com guerras as partes de um sofrer a todos.
Peixe fora d'água,
Fica sem ar,
Bate no chão,
Morre com tremelique cardíaco.
4* __ "Bode Zé"
O
Circo do Pirulito com a história do "Bode Zé", artista de cascos
duros, chifres curvados, pelo sintético, fora decapitado em um quintal alguns
metros da minha casa, o "finado Tonho" passou-lhe a faca sem saber...
Percebíamos suas habilidades, mas era um animal sem R.A (Registro de Artista),
vi seu couro esticado na porta do finado, daria um belo aparato para a sala,
enquanto as notícias corriam sobre o desaparecimento do bode que atuava no
circo, foi fantástico ver minha quebrada no fantástico, nós corríamos atrás da
câmera, nunca tínhamos visto uma daquelas, a pobreza era tanta que até TV
assistia na casa dos vizinhos, era um caso épico pra mim, triste "Palhaço
Pirulito" sem seu ganha pão, atinava o choro nas mídias, perdia assim sua
maior atração, o "circo continuou; mas o trapézio sem rede é fatalidade
aos corajosos, e o espetáculos sem sua arma secreta do picadeiro continuava com
preços populares de cinquenta centavos.
Como
era boa a carne daquele astro, a manteiga derretendo na beira da churrasqueira,
os moleques trocando bicas pela rabada do bicho, tome farinha, cachaça e
risadas, comíamos naquele momento um celeste, um mísero animal como o fez o
"finado Tonho", suas partes não foram lidas e teve atos na delegacia
do 10º distrito lá no Eustáquio Gomes, mesmo assim o louco do finado continuava
com suas matanças de bichos, vendia carne de todos os tipos a todos. E não
havia um na vizinhança que deixasse de lhe comprar carnes, afinal, era mais
barato, mesmo sem fiscalização as pessoas compravam pois ele dava uma semana
para pagarem a dívida, então já sabe; quem pagava já comprava imediatamente...
Isso
é o materialista do sensacionalismo, ali ficava o fato para mim, e a notícia de
que todos nós temos que matar um leão por dia, uma borboleta, seja qual for o
animal, até mesmo um artista.
5* __ Chagas da infância
Tenho
me entregue a poesia, ao Agorismo, que dentro de mim corre para ser (extenso,
vago e doloroso), revirado de Crônus-pôr-via, com uma faixa "diplomática
favelíana", dentro de um sertão praieiro devorador de "quarenta"
(comida rápida, tipo angu de milho, do qual pacote de. Vitamilho faz a refeição
poca-bucho de várias bocas em uma família), situação difícil pra mim sempre foi
fortura, era como se tivéssemos uma barricada dentro de nós para uma breve e
próxima guerra depois de um prato, "sabemos avaliar o preço pelo
compensador", desafio a sabedoria com blasfêmia, não a Bíblia, mas a
sabedoria dos guetos que regem em si um preto tão poderoso quanto os quilates,
sabemos nossos frutos, tenho chagas que se tornam imensas, pequenas, mas nunca
tapam, sanam minha vida, elas não querem esvaziar esta pobre vida alagada de
sofrer calado, de passar, ver, ser visto, pareço um acorde solto em ouvidos,
que encanta, faz bem, diverte, como se fosse só comida e música, mas só agora
vejo a cera que tenho tirado de outros ouvidos, parecia ser o tapa na cara de
uma falsa ideologia, não sabia que tinha o poder de secar as barrigas cheias,
de alimentar barrigas-verdes, numa demagogia de infelizmente; "Se o pau
quebra nas costas dos mais fracos, cuide-se ao sair debaixo, do alto te olham,
miram-te assustados para não serem reconhecidos".
Aceitar
as próprias ganâncias é abduzir de extremas reflexões, ser pensador numa hora
dessas é morte por saber infinitamente o seu estado final de carniça para o
urubu, que não vai lhe negar bicos, há pratos que só descem na tapa! Eu
aprendi, minha mãe sabe...
Dias Perdidos,
Dias que não ganho,
Há dias sem se apagar...
Remotos de nada.
Em um trevo de rodagens,
Emplacado por abandono.
Uni-me
ao sofrimento.
6* __ "Mata um escritor, por que
poeta é sangue ruim"
Dor:
É
a morte lenta nos olhos,
O
desgosto pelo fim de quem fica,
Nos
repetecos do nosso diálogo.
"Durma...
Canse sem amargura... Durma..."
Esses
soluços desabam,
Franziu
a tal ação,
De
uma desgraça ecumênica.
Se
eu não for que as pessoas compreendam,
Mexam
seus rabos e peçam bênçãos.
A
noite de conforto é para os bêbados,
Dormindo
em esquinas que nem a morte passa.
Deixe
ela comigo,
Fardei-a
cessar interferindo-me!
Sobre
ruínas duvidosas,
Nos
prostíbulos desse novo golfo.
Carrego
comigo tantas pessoas,
Delas;
sei que não me vou lembrar...
Passarei
sem tocar nenhum,
Pois
assim fizeram comigo, esqueceram,
Caminharam
em um caminho infinito,
Sem
volta, tréguas, paz,
Sem
pertences, pragas,
Desovaram
as chagas,
Foram
em busca de uma nova vida.
Sorrateiros
palmos espessos,
Com
som de palma,
No
rasgo da pálpebra.
Sangue
secante antes de cair ao chão,
Um
grão-gota-humano na farofa de terra,
É
o poeta com sua aparição castigadora.
7*__ Impessoalidade
Lavemos o pára-otarismo-modelado, (a seco);
retitulante das gotas em caixa...
Acudiremos nosso senhor algum dia? Jato de
areia aos reis. Apadrinhados...
__ Dessa vez eu prometo! "Matar a barata
e lavar o mármore".
Sem representar, sem confiança, e sem
revoluções; o impasse da mudança são os abandonos, encontrar razões não importa,
penso-assim-por-diante-na-comida-de-hoje Vamos a " Cidade dos
Mortos?"
"Eu
sei, serei feliz de novo... meu povo deixe chorar com você".
Djavan
Com armadura do destino, inviolabilidade de
expatriado em apuro, no prognóstico quer cruzar o céu além do azul do mar e os
seus trabalhadores, ficarei numa montanha d'água, congelei-me na espera de um
circuito fora dos atlânticos, por ter a impecabilidade na conversa de pescador
que tem em qualquer esquina...
__ Vou colocando os grãos como João &
Maria, e eles acabaram... Volto? Continuo ao desconhecido? Por que essa fábula
retrata esse fato como opinião e não dever? Realmente, ninguém tem que conhecer
nada, deve alimentar nosso medo?
"Quando um homem começa a assustar-se não
pára-mais. Sonha culpas imaginarias, sonha purificações imaginárias, e faz
limpar a consciência com a vassoura das feiticeiras”.
Victor
Hugo
Há
duas perguntas em uma sem respostas. Quer escolher? Antes que o tarô me diga
lhe aproximo da minha realidade, não é um mundo triste, irreal, inaproximável,
cada pessoas tem a palavra mágica, (é com vós a segurança dos bastões e dos
bestas), realidades escabrosas onde ninguém tem mais habilidade para limpar as
ruas que as pessoas viventes nas gerais, moralista da realização, que buscam ciberneticamente
a infalibilidade. "Prebostais". Vida sanguinolenta.
__
"Sei meu fim... Não tarda".
8*__ Eu Sou Mensageiro; Não Posso...
"Falaria somente as paredes,
Faria do minério minha rede,
Perdido no escuro,
Sem nenhum raio de verso,
Trabalhando..."
__
Buracos... Malditos! Dê-me as rolhas...
Herdei
de você metículo?
Angarias
o barro?
Moldado
pelo artista curvado...
Amarrado
aos pés,
Jogado
de uma ponte,
Da
qual queda não teve medo.
Bumg-jump
numa escala de terror cabeça abaixo, no horizontal sem fim de uma roubada pelo
esticar da corda... "mas corpo que não é de borracha quebra".
Flexibilidade
na luz do sol sem a cruz, leme aberto, com uma caixa nas costas; é o mensageiro
com vela içada, leme aberto, costelas apoiadas na coluna, vem curvo, disposto
ao destino, mesmo assim diz:
__
Bom dia!
__
Bom!
E
como as línguas se abrem mais que os trapos...
__
Pesada caixa hein rapaz?
Respondeu
paciente:
__
Hôme! Nem me fale! Deixe jogar ela no seu lombo!
Peixe fora d'água...
__
Que isso jovem... Tome um copo d'água?
__
Claro meu velho monsenhor.
E
o velho sebento apontando para os restos de louça, e todos grudes ali situado
há décadas:
__
Pegue a caneca e sirva-se! Já conhece o pote.
__
Meu veio... Faz um tempo que não passo por essas corredeiras, esse cheiro de
pântano, vê-se tudo muito sempre nutrido! Esse é o meu charco.
Da
beira do terreiro a porta encostada não escondia os olhares do senhor, momento
no rapaz, momento na caixa, era um no gato e outro no peixe, indagou:
__
Mordente raios de visão... E o que leva na caixa? Vinha até pendendo...
Engoliu;
olhou disfarçadamente aos cantos como se fosse respeito e abatafou:
__
A caridade faz do meu ser um repleto desfiado. Causa-me uma desafetação.
O
veio virou um chinês, apertou os olhos na sua direção:
__
Você tá assim é? Parecendo caranguejo dentro da lata? Tá com o siri virado?
Na
hora em que um animal reconhecer uma moratória; teremos enfim caixas e sangues,
deposito em concordata corporais, decepadas pela organização, um bando de dados
em bancos, transplacentados, a nona constelação do zodíaco, em saimento,
saiote, na monumental morfema, bubônico, como se fosse um "De Cameron",
lacônico, não tinha réplica ao chicotear as vagas... Virtude invencível, a
candura de armeiro, é bom se perder por aqui, o riso sempre corre por dentro,
você sempre se acha...
"A
crise de ideias tem sido um investimento muito alto para os ricos. É a
potencialidade de uma cultura magnetizada".
9*__ A periferia ensaiada em Agorismo
Vou fá-gulhar-terra-em-canto!
"Soltei
o movimento com entorno nessas circunstâncias".
“Quanto
mais pessoas forem ávidos das chaves, sabeis que astúcia tem sido controlada
por placas”, tem sido. Iníquo. Pesado, indeterminam-te.
Não
importa o teor, o telhado de um rio sempre vai ser d'água! Sinto o diluir do
mal com a desgraça, obscurismo cidadeal, cidadã por suas noites grotescas...
"A viradeira contorna suas chapas".
(Guilhotina corta).
Tenho passado a filosofia rapidamente em fatias,
dividindo-a com mancebos.
O
inferno me lembra a paz para os inconformados por natureza, desde a outra vida,
desde a miséria do além, as perturbações de mundos indivisivelmente por buracos
em negros, buracos em negros, a vida pobre no mundo moderno é uma tecnólia a
favor da nossa biótica contra o terror, não haverá momentos sem sentimento,
"enquanto existir o humano", os manos que não existe neste planeta,
nem em outros, será que eu terei uma chance? Não quero mais não, já fiz minha
parte, rezei meu terço, não votei, ainda não! Robin-Hood que engorda, tirando
ricos, desfazendo pobres, heróis vilões na mira da proeza, em flechadas de
"Centauro", dizendo ser mito, rito, dogma... Carrego a frieza que
espera para rasgar a folha, somos agora a velocidade espalhada rumada sem
trilho.
Esse
meu fundamento de escrever arranca pontes, devasta-me, não há faixa que me
segure, ou cimento que petrifique.
10*__ Viu? É agora?
Vai
chorar? De novo?
Corra
não fio-do-cão! Parece criança, tu bem que sabia... E se fez de tinto, e o
vinho faz uma satisfação de ter encontrando-o, como nem todos vivem disso, e
disse-que-me-disse, me presto o dever mal informado, cheguei sem radar, de
paraquedas.
Se
trabalhasse cantando, querendo tocar, se pensasse em subir na vida, "água
filtrada não é favorável à umidade", tenho a manter um rio limpo, cercado
de insanos, dementes em meu quintal, um ajuntamento de lixos pessoais, cerrado
pela cegueira que suja-o, não tenho palavras para subdizer as flores que são
bonitas, nem quero versos malditos por aqui, desejo as coisas impessoais, quero
falar de maltrato induzido, uma relatividade de enfado próspero, ingenuidade
gananciosa, "são rifles mirados para os gatos ligeiros em cima do
muro", uma proteção aberta é feita de subsídio, sem receio pelo
anseio. Na era de contas se formula o seguir. Sabiam do mal, transformaram-na
em barganha, compre a felicidade, ou venda a dor? Trocamos tudo ao deixar a glória
fincar sua raíz. Alguém precisa respirar essa monóxidade, pueril satisfatório
de fadiga, que espera sufocar o natural com ambição, já estamos afundados,
vivemos a tocar piano para as catástrofes.
Rompi
a cidade ao meio, não vi lombadas, rasguei-la ao meio, dei-lhe um belo rasgo em
seus pontos; quero minha linha de pensamento nele. Os bairros mais sujos são
pedaços da consciência; para os maiores darei minhas pernas; untarei com os
braços todos arredores metropolitanos. Minha cabeça ordena onde quero ir,
fazer, iremos sim... Quando cada uma tiver a sua parte e reconhecer onde vive!
O governo, além dos pobres, vem sendo um corpo espantoso desfazendo nossas
mentes, "vulnerabilizando a vida-pós-atitude... Atitude-pós-vida é a que
não resiste". Pessoas (espírito) sem peripécias, frias e continuas pelo
padrãozinho de fobia, frescuras de classe intelectual, conjuntura de valores,
para uma forma infinita de infância; "Quando se é criança um beijo pode
ser nojento, brincar de casinha, médico, esconde-esconde e etc... Não!".
Lambe
o prato que tu cuspiu pro alto! Criança com criança não deve ser pedofilia...
Ou é? O amor nasce sem sentido, ainda bem que as crianças brincam com eles.
Tenho
uma loucura real enlouquecida pela literatura, literatecas, brasileiros
contemporâneos, as citações são breves, hastes que nada revela por ter a
confusão de raciocínio que revela a constatação de um aniquilar ao cala-se! Ao
não me importa!
11*__ Aborto
"Filhos que rolam escadas é como água suja, tem
um rio aguardando".
Fosse
eu o pai. Fosse eu o filho. Teria assim partido...
Numa
enxofrada de constrangimentos Humberto C. da Fonseca sempre fora um ser fora do
sistema, endiabrado desde criança, (comia uma lata de doce sem abrir), pediu
para que o pai durante uma surra o matasse, fizesse o que bem pensara, pois
desde novo já sabia que arreios, chicote, tapa-visão; para cavalo que olha aos
lados é uma medida fraca e sem salvamento, falamos de um burro. Ligeiro, que
sabe onde pisa.
Um
mini-lampião semi-aceso queima-santo forja-sociedade, desce-escada batendo-peão
tecnologia-dinheiro cartucho-resenha, alamateia, beiços-diferentes,
cantos-mentes.
Sobreporia
decentemente em alguma milícia? (Pensasse ele). Aposto como quis esse meu fim,
"foi um fiasco do mau trato", trazer a escravidão que os gregos
impuseram filosoficamente por deuses de escárnio, putaria colossal, (os grupos
GLS, simpatizantes, foram criados por lá! A parada gay moderna quer chegar aos
tempos antigos, haverá dias que as pessoas largadas nos grandes centro urbanos
terão seus bacanais matinais, com gringos prostitutos, libertários da
cara-de-pau!).
Acho
que foram posições como essas ao meu caráter perante a sociedade,
principalmente a filósofa, (drástica), eu com minha suburbanez que se confunde
desde pequenino a construção de um povo que saiba identificar nostalgias como
ato de liberdade, mergulhei nas identidades dessa confusa nação por querer
procurar os donos daqueles divãs esquinais, "a famosa agulha no palheiro
pede urgência para ser tirada", a sociedade tornou-se moderada esperando o
ataque, a manifestação, sua contra-vontade encontrou a paz, calou-se com a
certeza, amou a vivacidade que sempre estivera calada, com rigor, a mistura do
modo de viver, cultura que o povo consome.
"foi tudo tão derrepente... já não
consigo esquecer..."
Que
música do caralho!
__
Liberaram a maconha?
12*__ Eletricidada
Sou eu quem move estas lanternas,
Ofuscantes por brilharem a nojeira,
Reduto de lustres aos demônios,
Do sangue ao absinto,
Bebe o ser, o limbo,
Prostituiu a filha na casa de oprimidores,
No-me-ei-mo-na!
idade
é o macho... Quem dá energia a essa porra?
Seja
o curto da minha ressonância,
Antes
que desça para buscar diamantes,
Como
seria o coração no meio destas pedras?
Partir
o sonho no meio não é como quebrar uma rocha, seu (magma), por mais leve que
seja, é impossível de cair na sua frente, é quente. E dificilmente acredito em
rejeitar o futuro (se num tem tu! vai tu mesmo!), molestar rapidamente o tempo,
sacudir os alvoroços perante a fragmentação do objeto, pensador que arruína
todas condições, "a arte jogada nas ruas, estátua que toma por fim um desbastamento
do patrimônio, das angarias de homens perpétuos, transformado seus bagulhos
nessas prosperidades humanistas, perplexos para descompor a sociedade os soberanos
sonhadores, jovens que desobstruíram artérias, vasos velhos, são "Roedores
De Um Sistema Brutal", até mesmo os ratos de mesa brigam com eles
pelo pão velho, seria um amor pelo frio das pessoas por saber realmente que
além de sofrer seu ofício foi entregue ao destino.
13*__ Um incompoema
...
Eis que não haverá mais dias para o refúgio das minhas palavras.
Você
sabe como são os casamentos; uma mulher em casa e uma puta na cama; todos ao
primeiro sinal negam-lhe chifres.
O
amor é lindo, quando as pessoas são iluminadas por dentro para descobrir a
indelicadeza dos que nunca o tiveram, acreditaram, ou deixaram ao menos passar
em suas superfícies consciêntológicas.
Não
adianta jogar sem defender...
Sou um franco-atirador-líbero;
Pedaço de verso radial,
Ambivalente,
Com elevoturismo da fumaça,
Atacando o nobre ar.
"Meu
palavreado é fim de feira gente! Alimenta os catadores, e aqueles que delas
precisam..."
Mata
um escritor por que poeta é sangue ruim.
Tapar.
Vedar.
O
coração infortúnio,
Os
califas obscuradores,
Que
invadem minha caligrafia.
"Um
incopoema vem em calma; com grande calor atmosférico, em geral sem vento".
Fiz
um estriado de latinfografia,
Sem
asas, abraços, e o filho morgado...
A
foto em Tupi dizia ao povo:
__
Quem sabe o apanhar do acompanhar?
Passa
que te digo.
Me
dá a mãozinha cego-Dadá!
Se
ficou no caminho é melhor iluminar a sua frente.
Temos
o pagar e viver bem. Bem estabanado! É tudo exterioridade! Só tenho a mímica
das frases, por sofrer nas superstições de um gole marcado, um terno
emprestado, ao "Admirável Mundo Novo", racional, entre várias
religiões, que peguem na bimba do negão!
"Tudo
é obstáculo para quem se esquiva".
Victor Hugo
14*__ Gota em Telha
Para
encarar o amor frente a frente, verso infeliz e risos doentes, deve-se ter
peito. Mas não há peito que segure o tal amor, (incondicional, inconfiável, a
demonização), "passamos noites arranhados como os gatos pretos que dão grunhidas
em madrugadas". Soltei meu coração, soltei minha paixão, abandonei minhas
verdades. Como me senti sozinho naquela madrugada de 31+1. "Ando escaldado
naquela cidade até hoje". É bom não sentir mas signo, perder os astros,
apagar textos infantis, aborrecer consigo, mesmo ter a plena de já ser um
campeão e por saber disso, acaba desejando ganhar mais (tem sido um crescimento
pessoal fora do controle, sem perspectiva e com reflexo).
Tomo
algumas costuradas da vida, veem sempre bem ponteadas, sem segredos para que
caia a mendigar por razão, conclusão na maioria das vezes feita por um consenso
(tenho lágrimas dispostas a rolarem o mundo), capaz de confundir a paz com
termos e às claras "afim era eu de clarear minha vida, construir algo bem
mais que uma casa mobiliada". Parece que mudei os remos, (quero atrasar
minha viagem, sinto a presença da paisagem, ainda tenho serenidade, quero
apreciar esse instante, é hora lavrar um coração cheio de sub entendimento,
procurá-lo-ei com retidão as bandas, grandes amores e clássicos combinam com
poeira).
Antes
de cair nas ruas,
Antes
de ser o que sou,
Venho
revestido de fartura.
Tenho
nas duas mãos um segredo,
Velas,
pão, vinho e queijo,
Cansaço,
amor, forças dos arrebentos.
Tomo
essas fraturas,
Supero
o corpo-anticorpo,
No
veraneio poético.
Vila
fria...
Vento
seco...
Raio...
Muitos raios.
Partida
em momentos lascados,
O
som e seus arrepios,
No
doce puro trovejar...
Cheiro
poeira,
Roupas
molhadas,
Sem
peso.
Com
nuvens juntas,
Em
condensação feita,
Sinto
que estou caído.
15*__Ventilhos
Certas
horas eu te quero tanto que me dou cortes, choques, tenho esse palavreado de
carrasco feitor, com um coração de empreendedor no bem ao próximo, se que
existe algum bem, ou algum próximo, tenho meu corpo reservado para teus
prazeres, quero teu deleite, comer tua flor doce. Tenho o emprego de sentinela
para minha rainha, e sinto um cansaço por várias viagens. É um peso de dentro
pra fora, dentro e mim corre o pensamento de:
"Você pensa em mim toda hora, me come, me cospe
e me deixa".
Raul
Seixas
Meu
amor dê-me forças. Não deixa teu guerreiro morrer, (um lutador doente perde a
batalha). Minha beleza pela vida anda desarrumada, ando sem perguntas, "o
azeite que esborrava-se deste vaso secara", não terei como devolvê-lo
assim a viúva. Deus me condena com uma espera que tentei suportar, mas berrei,
extirpai-me com estilete. O que mais dói são nossas cicatrizes, tirar sangue
próprio é uma tarefa de poucos, realmente estou pesado, não tive que ver mais
um dia, são 31+2; a crônica triste de poeta alegre.
Por
ser um homem que gosta de correr perigos, passar apuros, acreditar em filosofia
de vida, correndo atrás daquilo que pouco acredito neste mundo, perder tudo
agora seria tão complicado, sinceramente (tão triste), vejo uma torre
balançando para ir aos chãos maiores que as gêmeas; por ser única.
Preciso
sanar-me, devo isolar essa térmica de emoções, sinto-me com um amor bomba.
Amo
a guerra?
16*__ Relva urbana
...
Vambora menino!!! Quem muito ama esquece da vida e para na sombra.
"O
Bombi é o sapo", arte/brejo, por que veio em mente? Moças tem sapo com
vergonha de ser príncipe. "Quer um cavalinho? Com a extinção do jegue por
motos na Bahia; dar-se pra comprar a unidade por um real e cinquenta centavos",
e vocês enganadas se apaixonam, mas o amor é livre, emancipador, se algum
estado, país, tiver um dia membranas para o teu suor, pensar no teu andar,
conhecer teus sambas além da bunda; quero ver quando os homens vão deixar de
ser sapos, de criar figurinhas girinas...
As
parceiras precisam dos animais com a sua simplicidade, um homem pode ser o país
de uma mulher, "ela pode tê-lo em seu mundo", seu animal preferido
pode ser a fruta de todos os pecados, de todos os dias, que nem um sapo do
brejo na cidade comendo mosca.
Solidão
é uma pedra de gelo no olho.
Já
furei uns dois... E não confunda as artes com pornô.
17*__ Ritimia
Passarei
alguns tempos fora destes tempos.
Minhas
têmporas estão com um temperamento tórrido, sem medo do corte da carne,
varrido, pronto para dar picada sem antídoto, por esse som sonífero, será que
tenho cara de garimpa dor poético? Só se fosse um romancista Hemp-Core, Suicídio
Coletivo...
__
No rádio:
"Baby! Baby!
Não vale a pena esperar, tire isso da cabeça, e ponha o resto no
lugar"
Já
pensaste tu num daqueles abismos Indiana Jones? A típica ponte de cordas no
vulcão, tudo desmoronando, fogo acima, fogo abaixo, pedra rolando...
__
Grita o rapaz:
__
Cortei, caiu, corta.
A
literatura fez o cinema.
__
Faço literatura de cortes.
E
a música continuava empesteada: "Foi quando meu pai me disse
filha, você é a ovelha negra da família", aqui tem amor da velha guarda, mas
essa doença faz maus respiros, expulsando o carnaval em sua passarela, no
instinto do anti-sexo, (excomungam, não só das igrejas, mas de toda realidade possível,
certas horas a sociedade é a pior das crenças), me acredito que seja crença
também certas vezes, disfarçada, cheia de ambiguidades, e resoluções que nem
mesmo o papa acredita...
__
Nada de trepar com o namoradinho! Nem com camisinha filha! Cresce seca sem vara!
Esse
trogloditarismo virá em seu neto...
__
Come saliva por enquanto. Fica falando merda seu velho estonteado.
18*__ Viseiras Abertas
Venho
querendo te dedicar um momento, enraizar a fantasia que cravamos na pele, nos
lugares nossos esquecidos, numa chuva vazia pela vastidão da saudade, em um cântico,
um soneto metropolitano, nosso viver estreante, a semente que brota da pedra,
uma perseguição marcada com estandarte, por anéis perdidos, saturnas noites
geniais do encontro mental...
Essas
literaturas são inversas, conversoras de multi-opiniões, dos quais amores
proibidos, sagrados, verdadeiros pelo sofrer espontâneo, que faz o renascer de
uma poesia vivida, sem admirações por intermédios, torna-se alvo, peito aberto
aos oxalá, cuspindo os reinados, desenfastiando segregações sociais, e não se
abstendo-se da impunidade gigantesca que a evolução de crenças, (bombas à
distância, latim-feérico; "ficares nos injustus", reacionário
emotivo, filósofo de gremistas), amar nesses tempos é realidade para poucos;
mas na vida as guerras extraem amores de mina, que toca e sente, ou com uma
leve ignorância parte-se do primeiro encontro, são valores para adivinhar a
compreensão, sinto que ganhei uma mãe, é o amor fraternal que abre os braços
pra mim em laços, entrei na dança colorida, somos um preenchimento, fermento
que dá ponto, minerva que exala.
19*__ Vida Fértil
"É
adubando que se faz merda".
Estamos
em um merengue, suspire com a dança, o caribe brasileiro roda em escunas, Gurgel,
ondas místicas nos haréns ao sol de água de coco.
Vindo
eu em silêncio pareço perceber o mercúrio das pessoas, são pequenas ao mundo,
aquecidas, são cintilantes... Mas essas estão com o menor dos planetas,
pernetas, mancos ao arrancarem tocos, por ser, exercer, escurecer-se de arte
sacra, aí de quem não valorizar ouro talhado. "O mesmo ladrão pode ir a
mesma casa, novamente, no mesmo confessionário... Arte de roubar é perceber a
fachada", (quem esconde os segredos atrás das pulgas nas orelhas tem
alguns carrapatos logo abaixo chupando seu sangue).
A
reflexão histórica é precisa, mas quem precisa de passado sem era? Em tempo de
um esquecimento momentâneo... Nessa mixórdia de calouradas temendo a
carceragem, vivendo presos em um paraíso *infernalista, em séries dos bons
livros, nas edições didáticas.
É
aprender com o contínuo, ao acompanhar a solidão rapidamente, "uma bigorna
torna-se leve". O peso da missa e do terço corre o **encajadado dentro do
maloqueirismo "Policarpo"; são outros planetas nessa terra que vivo,
revendo a falsa poesia, "intertextual", como a explicação de voltar a
viver pra mi só é vista por querer quebrar essa monocultura cultural,
tradutando a conversação explosiva do monolinguíssimo, não precisa acreditar em
palavras, um livro tem seus reclames ela brados, o entendimento é de cabeças
que delas precisam, tomemos o mordaz modernismo, "uma sintaxe bifásica eufórica",
é arte por paredes com minha talhadeira verbal, nas falas desse escritor
narrado, feito silêncio correndo dos plurais, (minha primeira pessoa é
singular), sempre, reto, sem desvio, com finalidade, enfim vejo-me em meu
traçado, é percorrer sem desfilar, monossílabo no labirinto que a lua
mostra-me, é a repetição do monoteísmo que me cerca, (caibamos em uma estrofe),
o caminho é o mesmo para livros diferentes, chama os versos, pede um chá, avisa
Barack, liga os DEMokassabis...
É
hora de reconhecer o desenvolvimento do país, "deixa eu voltar na ideia da
capa do meu primeiro livro", está terrinha é grande mesmo, anda só... Nem
sabe onde está. Mas juntos; como se diz; estamos felizes, "em um Brasil
velho novinho", é a ver dele ser transgênico, veremos o filho do milho,
rei do milho, pai dos grãos,
20*__ O Repouso
“É a razão do adormecer”.
O relaxar das artérias.
Eu escrevo nas folhas de
trás-pra-frente, sempre com o fim da história correndo o tempo todo, avante, a
frente de nós. é o final de um fim que não se desgasta, e voltará em menos
relances. Voltar para ver quem ficou as
sobras, meus estragos. Outros resvalos que não recebi. Vamos montar nas costas
da confiança e cair na próxima esquina?
A Pompéia nunca esteve tão baixa, é hora de pintar e bordar,
sambar de cueca, com arte a preço de banana. Muita gente boa no palco uma hora
dá em merda. Não
estou disposto aos ensaios da Portela, tem tanto azul aqui fora, tantos
barracos adentram, são vilas aguçadas pelo salto do morro.
Onde-se é mais brasileiro nesse país? Tem quantos mulçumanos
em paz aqui? O povo da artilharia pesada quer comércio, não existe ilegalidade.
A justiça é de uma tamanha miséria, com seus, e com os dos outros. A miséria
deles é só um pouco da vergonha que não temos. Esse país não pede nada. É só um
inquilino. É só um pedaço de terra a ser apropriado, do qual trabalhador planta
sem colher.
“Os últimos onde vivem nunca serão os primeiros”.
São ditados esses de quem lixa a vida com uma mão, ainda que
insegura desblasfemam os dias no feito da palmatória, sabendo que não pode
tirar a mão na hora da bordoada... Se tirar a mão quebra os dedos, (é o direito
de ir e vir sempre descriminado), sentindo o calor da vitória com suor de
trabalho, dos quais traços da palma transformou em calo.
A crise artística brasileira é modelo de sobra, desperdício,
arte aqui se carrega na bandeja. Um resto de feira que alguns levam, (não há
outra opção), ou até mesmo por viver na merda, (não se cata tanto desproveito),
uma pobreza com nutrição, “mas nem tudo que está no lixo presta”,
na calamidade diária de favores, insuficiências, correria afobadas, coagulações
remotas...
Sisteminha transitório filha da puta, submissos das raízes
antigas, pondero afiar minhas canetas por baixo de suas unhas. Povo infestado,
geração multi-face-tarda pelos rebentos feitos da insígnia, na solidão dos
olhares velhos... Corpos jovens... Na atualidade que redes de pedofilia avaliam
suas artes, suas melhores fotografias, de quem será a direção de mais um belo
filme? Sopram nos meus ouvidos os monstros serenos. Guarde-se em sua melomania
player, salve-rainha, adultos prolíferos da contaminação humana.
“Esses melros me escapam pois sou aqui o ditador da poesia,
te dando o caráter de julgar-se uma vez em si ao menos, (na beira da estrada os
remos de nada valem), onde caneta falha em folha limpa, com esse regiscíproco
textual, sem afirmações, com muitos abalos”.
Uma distância danada,
Dias felizes e tristes,
Várias léguas,
É minha poesia embolada.
A vida é linda.
Olho para ela e lembro de uma coisa:
Papel higiênico.
Porque a vida para mim é que nem papel higiênico.
__ Essencial!
21*__ As Mariposas
Tenho uma psicologia perturbada com meu fim, ao ter na morte
o real começo de minha autoria editorial. Isso vai parar nas mãos de quem? No
moedor quem morre vira caldo. Escrevem esse mundo decepando faces, são farsas
populares, zombaria de troca, vai de chulo? Maria-vai-com-as-outras! O marmanjo
desce o reio, ajoelha para ver o sol.
Transido. À la carte xiquexique, espinhoso, rico em água, na
clareza educada do ser rude, impugne e xucro.
Sejamos marsupiais, são muitas juntas a calafetar, estou
entre antissépticos. Na saúde do produto tosco, “seja guerreiro nessa vida e
encare ela de pé”, “não sobrará vestígio nem do frenético cavaleiro andante”.
Poesas o marginal, lembra-me “Jones em sua baleia”, o rimador flutuante, de 13
contos “naquela ida ao dia 13”,
Derrocadas of (suck), é muita arte para um mulambo só, e aos que
desesperaram no fogo que dei início, deixo-lhes a magnética arte no quadrado de
sons, desse breve seqüestro relâmpago, sacando o bolso da mente, sendo mais um assalariado
na milícia.
*Cheque Para 7 Dias...
Juntando a ineficiência de viver na informal justiça ao
satisfazer os pleitos do ego, tombaremos o caos a uma dignidade afiada.
Intuitiva, desrompendo rompimentos. Contra o naturalismo, isso mesmo, esse que
se “diz” pessoal intocável, meu Deus, basta tu mesmo, chega de pessoas
energéticas, transformando girassóis em movimento monetário. Alimentadores de
bancos, praças cambiais, trazendo o abrir de folhas sem manhã. Em terra que
será movediça a um só verter do totalitarismo ao sonho da injustiça, (um povo
sem terra muda seu lugar), os hebraicos dizem, em idem acompanhará esse
abandono dentro de nós mesmos até nosso acabar. Para que preocupar-se com o fim
de uma existência? Passagem de conquistas, “somos bandolins embaixo de linhos?”
devemos as colinas desígnio.
Entretempo; (eu), ferroou um inverno hiperbóreo. Perene um
algodoal? Encharque-o com ópio, inexpressivos! Libidinosamente orlavam a
promessa de Jacó, e jaz-covavam, e Jacó já morreu!
Ramou de municipalidade a
interlúdio o negrume paladar oficial.
Arrombarei com fogo os muros,
As almas e os urros.
Em uma noite qualquer dessas,
O exército se levantará.
Mortos vivos,
Romeiros com fome à sociedade,
Temerão até mesmo a paz que a lua passa em seu brilho,
Sonham mortos, acordam enterrados,
Sai do caixão para rir ao chão.
Voláteis desmaios ressuscitaram,
Um corpo nas juntas dessas letras,
Vou arrojar a sessão do descarrego,
Polígono das secas,
Sem Carajás enterrada,
Samambaia-açú do sistema,
Em política de café com leite,
Rebelde revolucionado sem explicação.
O contista prescreve,
O doce escalpo da justiça sem mãos...
No dia que não me vier sono.
Tenho... Posso ter...
Que se vá a morte com o seu amor.
Humberto Fonseca