sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Humberto Fonsêca - Na Quebrada

Créditos Graffiti: KIONE & EVOL

Na Quebrada



Onde saudamos os versos,
Na escuridão colorida,
Sábios que se atropelam,
Em mãos que se abanam em sócios.

É voz, de paz, guerra e atitude,
Um conselho mudo,
Da rua que seduz.

O vento ópaco, inato,
Calor do áspero concreto,
Que cobre em becos, esquinas,
A voz desses sobrados.

No arco sem palmas,
Da liberta criançada,
Crescida, tão nova e adulta,
Sobrevivemos aqui,
Pois entedemos de sociedade,
Na calada, entre ciladas, de ditos e ditadores,
Com a paz que te perturba.



Humberto Fonsêca

Nenhum comentário: