Pico do Jaraguá - SP |
Cognoscitivo
Caminhos que percorro,
Ao esperar sem desespero,
O rumo, a rota, o palco...
Compactuo entre lideranças,
A menor forma de ser.
Meu sangue é transfusão com a rua,
Assobiando ao menos instantes,
Para não danificar minha liberdade.
Monotonia, loucura, embargos,
Com a palavra,
Faço homens de poderes curvarem-se...
Ser mestre das notícias, causos,
Nunca dos ensinamentos.
Na estrada torno-me indigente,
Suportando nada mais que meu eu,
Desconfiado, confiando,
Em tudo e de todos.
Minha segurança no inseguro,
Calado em falas alternativas,
Sem malícia, ódio, esperança,
Transpondo o simples índices de meus limites.
Dor e angústia se foram nos últimos passos,
Olhares, pensamentos,
Caminho inspirado no equilíbrio.
Troco a linha do equador,
Todos os trópicos,
Por uma trilha qualquer,
Para ver se sinto os braços do finito infinito.
Os ventos uivam distante,
Em meu compasso o dançar pela vida,
“Gosto mais dela do que de mim”.
Vale lembrar e esquecer,
Pois não tiramos da memória.
Parti de minhas propriedades,
Corro de terra, teses...
Vedes a poesia sem simétrica?
Em louvor silencioso gritante,
Eis a hora de elevar o espírito,
Abandonar a alma, a carne.
Em pleno exercício da luta sem fim,
Sou treinado, feito a ferro e fogo,
Sem nenhuma prova...
O que me leva a estrada?
Humberto Fonseca
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