Um Olhar Na Cultura Hip Hop Alagoana
As dificuldades existenciais, a problemática social, os conflitos intelectuais, a inacessibilidade aos direitos de desfrutar os mesmos recursos e espaços homogeinizados pelos círculos elitistas, os abismos entre produção e realização, como também a falta de projeção informativa e comunicativa, são alguns dos "clichés", que se tornaram a cerne de um antigo retrato social e artístico, que atinge diretamente a realização da arte, e o crescimento dos grupos que interagem diretamente com essas comunidades, muitas delas, entregues ao descaso politico, no abandono de toda falta de serviços e direitos, que há tempos são enfrentados em todos os âmbitos como um instrumento cabal que inspira pessoas, artistas, coletivos e a sociedade civil, para se integraram afim de ser o agente atuante, na profunda diagnose, que conduz um enfrentamento de todas essas violências, ao relacionar diferentes posicionamentos que são retratados em ações que acabem culminando com a mudança do cotidiano dessas comunidades, sejam elas através de intervenções, ou projetos, que consigam impactar a realidade social, da qual conhecemos profundamente, que sem uma verdadeira acessibilidade aos aparelhos culturais, aos recursos financeiros, como também a inserção dessas pessoas à uma realidade desconhecida, nunca teremos o fortalecimento e crescimento das culturas populares brasileiras.
Esse resguardo do patrimônio imaterial, um saber fazer que empodera diferentes grupos e comunidades, são práticas que já se consolidaram em diversas localidades, das quais muitas delas, sequer sabe ou compreende que muitas detém um patrimônio cultural, material e imaterial, que segue em inobservância, ou, não são amplamente estudados e debatidos perante a sociedade, e
principalmente, seguem as sombras dos órgãos institucionais.
O Hip Hop alagoano, a cultura de rua, os elementos que o regem, conseguir através do tempo lutar para demonstrar a sociedade toda sua riqueza imaterial, é uma cultura que está renascendo constantemente com diversos agentes atuantes, onde as essências do Hip Hop, podem ser todas elas vistas e visitadas, tanto pela sua materialidade, como também pelos nossos sentidos empíricos, essa fusão de social com artístico, é dos pontos mais relevantes dessa cultura, que tem como sua história a ocupação da rua, a crítica política, um estilo de vida, ou como dizem os playboys "um lifestyle", que o caracteriza com relevância ao discutir os problemas sociais em todo mundo.
"Hip Hop não tem fronteiras, ele tem conhecimento, o Hip Hop não tem limites, ele tem espaço, o Hip Hop não tem linguagem, ele é universal, o Hip Hop, o Hip Hop não foi constituído para fundamentar os pensamentos da elite, o Hip Hop é uma cultura que reivindica os direitos dos menos favorecidos", a relação dessa cultura com a realidade é o choque artístico, o embate sociológico, é a plena teoria científica artística, que destrona os limiares que são impostos pelas elites através do tempo.
Estive no último final de semana em um evento na favela Sururu de Capote, na sul da capital alagoana Maceió, e assim como em outras diversas regiões do Brasil, a realidade não podia ser diferente...
Uma área lagunar que se encontra em uma das regiões mais belas do estado, mas que por falta de urbanização e o crescimento desenfreado, sofre a natureza, e os habitantes que ali se instalaram. Em certo momento, eu vi uma cena que me tocou o coração, e me fez refletir o porque de escrever esse texto, o cotidiano das pessoas e suas vivências, são palcos de histórias infindáveis, e um poeta, um rapper, um ativista, quando se encontra em um ambiente onde "além da contaminação dos preconceitos e pobreza, podemos ser contaminados pelo excesso de vida que emana onde as vezes, nossa pequena visão, não consegue se aprofundar nas histórias de seus protagonistas", e naquele dia de sol fervente, sentei na avenida e vi com meus pequenos e pacientes olhos, uma comunidade que expirava arte, cultura, lazer, diversão, quando as dificuldades aparentes deveriam simplesmente os entristecer, a vida sobrevoava as estatísticas nacionais, viralizando sentimentos de união e compartilhamento.
S Black
Crédito: @blogdasakura
O que mais me impressionou nesse em particular, é que conseguia ver os ventos fortes fazendo pequenas ondas na lagoa, aquele fundo verde de horizonte e revolta, me trazia do além-mar para a terra, e nesta podia-se ver um jogo de futebol, a sociedade se organizada em sua cultura, saber fazer, na reunião, e bem antes de chegar até o meu corpo, este mesmo olhar, via um monte de lixo, com porcos fuçando, rebuscando alimentos, um mundaréu de cascas de sururu, e a primeira transgressão institucional, sequer existe uma coleta regular do lixo, organização para os dejetos, já que muito deste marisco que todos comem em seus lares, como também é apresentado aos turistas como iguaria, é ali que o mesmo é pescado, limpo, e vendido, eu tinha esses três planos de visão, "o mar, as árvores, a vida natural", "a sociedade que se organiza com suas culturas, suas conquistas, seu modo de viver", "a sobra do que essa vivência produz, os restos do que o homem faz na terra", e as minhas costas, eu tinha um MC cantando, um verso revoltado ressonando no ar, quebrando as ondas ondulatórias da indignação, impactando todo esse estado de submissão que somos colocados pelo descaso político.
O Hip Hop era a minha segurança, a retaguarda do coração e das palavras, visualizando e combatendo todas essas situações, a cultura não consegue ver obstáculos, em qualquer espaço ela consegue traduzir as linguagens daqueles que se colocam como transcritores de suas considerações intelectuais.
Em meio ao lixo urbano, esquecido nos fundões do mundo, nos bolsões de miséria, em pleno descaso social, todos aqueles que sabem a responsabilidade da luta contra o descaso social, eram elos e agentes em olhares de um só sangue, um só povo, uma única revolta, uma única voz, éramos as mesmas pessoas nos versos, e quando muito observava, ainda via olhares dispersos, talvez suas próprias realidades escondam histórias que os atormentam muito mais do que ali estava sendo exposto, "não podemos calcular a dor da alma, a dor do coração, nem mesmo uma lágrima, ou o peso das dezesseis toneladas de um microfone, podem resolver esses conflitos internos", são estados de vida que nos passam o peso da violência que convivem diariamente, pois, para os políticos e as elites, falar de violência significa meros e tristes impactantes índices de homicídios, enquanto a violência diária da falta de serviços públicos sequer são citadas, essa violência que passa despercebida, enjaulada, muda, cega, surda, onde os seres humanos que residem nessas condições, são meros insignificantes que só servem para o dia da eleição, dos quais ali se sensibilizamos, em perceber, que somos muito mais do que ativistas ao participar de suas vivências ao expor a arte e diagnosticar com prontidão essas tristes e malevolentes situações.
Toda comunidade em suas melhores condições, tentam demonstrar no seu cotidiano a operacionalidade que os regem, é no cotidiano que se encontram as suas riquezas, como os citados anteriormente, que vão desde; (Patrimônio Natural, Patrimônio Cultural e Patrimônio Imaterial), porém o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), ainda não se unificou com as secretárias estaduais afim de modificar e mobilizar projetos que contemplem aquelas comunidades, que integrem diferentes diretrizes, que promovam as políticas públicas, que resguardem as histórias e consigam constituir aportes onde a comunidade tenha voz e melhoria de vida pra poder participar no mínimo com igualdade pra melhoria da vida pessoal, como também, apresentar aos alagoanos e ao mundo, todo patrimônio que pode ser estudado, pois estes povos, assim como o sururu, que foi aprovado com unanimidade patrimônio imaterial de Alagoas, as comunidades que os produzem devem ter os mesmo direitos salvaguardados pelas leis federais e estaduais.
A reunião em torno do Hip Hop, demonstra o poder de ação de agentes atuantes que não se conformam com a realidade social imposta, onde os saberes e fazeres, memórias e ações, são esquecidas e esmagadas pelas camadas poderosas da sociedade, onde somos silenciados e por toda sorte de indignação, nossos conjuntos imateriais e intelectuais passam despercebidos, e mais uma vez, me recordo a frase do professor Viegas Fernandes da Costa: "Precisamos problematizar os patrimônios".
Enquanto a violência elitista vai consumindo a dignidade e sugando as esperanças, os seres humanos enfrentam a vida com todas as dificuldades sem nenhum respeito, seguem esquecidos em todos os aspectos, nossas riquezas naturais continuam sendo destruídas, a vida e a natureza vão sendo destruídas aos poucos, traduzir os aspectos e essências mesmo nos dias de globalização ainda é indiferente, as vezes temos acessos, mais não temos vozes, as vezes temos vozes, mais não temos acessos, onde o silêncio impera, e a lei do chicote continua manipulando currais eleitoreiros, votos de cabresto, onde o sofrimento e falta de educação tem que ser mantidas para se perpetuar as prisões intelectuais e educacionais, ainda assim, temos produtores e artistas, que não se colocam nessa triste visão de interiorizar os problemas, de numca agir contra eles... Mas arte e o Hip Hop alagoano, estão encontrando um diálogo precursor, capaz de problematizar e enriquecer essas populações com suas manifestações, neste momento a luta é mais importante que a história, porém, alguns que aqui estão, sabem a necessidade de reescrever o que eles não veem, mas sabem modificar com suas belas narrativas.
A cultura de rua é o conhecimento que amplia o debate social, e aqueles que não se sensibilizam com a mesma, estão defendendo as elites e suas velhas armaduras, não somos a arte, somos o povo.
Humberto Fonsêca
Agradecimentos, a guerreira Aline Sakura, pelas imagens.
Conheçam seu trabalho no instagram: @blogdasakura
Diego Verdino e o Campeão da Batalha Marginal |
As dificuldades existenciais, a problemática social, os conflitos intelectuais, a inacessibilidade aos direitos de desfrutar os mesmos recursos e espaços homogeinizados pelos círculos elitistas, os abismos entre produção e realização, como também a falta de projeção informativa e comunicativa, são alguns dos "clichés", que se tornaram a cerne de um antigo retrato social e artístico, que atinge diretamente a realização da arte, e o crescimento dos grupos que interagem diretamente com essas comunidades, muitas delas, entregues ao descaso politico, no abandono de toda falta de serviços e direitos, que há tempos são enfrentados em todos os âmbitos como um instrumento cabal que inspira pessoas, artistas, coletivos e a sociedade civil, para se integraram afim de ser o agente atuante, na profunda diagnose, que conduz um enfrentamento de todas essas violências, ao relacionar diferentes posicionamentos que são retratados em ações que acabem culminando com a mudança do cotidiano dessas comunidades, sejam elas através de intervenções, ou projetos, que consigam impactar a realidade social, da qual conhecemos profundamente, que sem uma verdadeira acessibilidade aos aparelhos culturais, aos recursos financeiros, como também a inserção dessas pessoas à uma realidade desconhecida, nunca teremos o fortalecimento e crescimento das culturas populares brasileiras.
Esse resguardo do patrimônio imaterial, um saber fazer que empodera diferentes grupos e comunidades, são práticas que já se consolidaram em diversas localidades, das quais muitas delas, sequer sabe ou compreende que muitas detém um patrimônio cultural, material e imaterial, que segue em inobservância, ou, não são amplamente estudados e debatidos perante a sociedade, e
principalmente, seguem as sombras dos órgãos institucionais.
O Hip Hop alagoano, a cultura de rua, os elementos que o regem, conseguir através do tempo lutar para demonstrar a sociedade toda sua riqueza imaterial, é uma cultura que está renascendo constantemente com diversos agentes atuantes, onde as essências do Hip Hop, podem ser todas elas vistas e visitadas, tanto pela sua materialidade, como também pelos nossos sentidos empíricos, essa fusão de social com artístico, é dos pontos mais relevantes dessa cultura, que tem como sua história a ocupação da rua, a crítica política, um estilo de vida, ou como dizem os playboys "um lifestyle", que o caracteriza com relevância ao discutir os problemas sociais em todo mundo.
Alem do Conhecimento Créditos: @blogdasakura |
Estive no último final de semana em um evento na favela Sururu de Capote, na sul da capital alagoana Maceió, e assim como em outras diversas regiões do Brasil, a realidade não podia ser diferente...
Uma área lagunar que se encontra em uma das regiões mais belas do estado, mas que por falta de urbanização e o crescimento desenfreado, sofre a natureza, e os habitantes que ali se instalaram. Em certo momento, eu vi uma cena que me tocou o coração, e me fez refletir o porque de escrever esse texto, o cotidiano das pessoas e suas vivências, são palcos de histórias infindáveis, e um poeta, um rapper, um ativista, quando se encontra em um ambiente onde "além da contaminação dos preconceitos e pobreza, podemos ser contaminados pelo excesso de vida que emana onde as vezes, nossa pequena visão, não consegue se aprofundar nas histórias de seus protagonistas", e naquele dia de sol fervente, sentei na avenida e vi com meus pequenos e pacientes olhos, uma comunidade que expirava arte, cultura, lazer, diversão, quando as dificuldades aparentes deveriam simplesmente os entristecer, a vida sobrevoava as estatísticas nacionais, viralizando sentimentos de união e compartilhamento.
S Black
Crédito: @blogdasakura
O que mais me impressionou nesse em particular, é que conseguia ver os ventos fortes fazendo pequenas ondas na lagoa, aquele fundo verde de horizonte e revolta, me trazia do além-mar para a terra, e nesta podia-se ver um jogo de futebol, a sociedade se organizada em sua cultura, saber fazer, na reunião, e bem antes de chegar até o meu corpo, este mesmo olhar, via um monte de lixo, com porcos fuçando, rebuscando alimentos, um mundaréu de cascas de sururu, e a primeira transgressão institucional, sequer existe uma coleta regular do lixo, organização para os dejetos, já que muito deste marisco que todos comem em seus lares, como também é apresentado aos turistas como iguaria, é ali que o mesmo é pescado, limpo, e vendido, eu tinha esses três planos de visão, "o mar, as árvores, a vida natural", "a sociedade que se organiza com suas culturas, suas conquistas, seu modo de viver", "a sobra do que essa vivência produz, os restos do que o homem faz na terra", e as minhas costas, eu tinha um MC cantando, um verso revoltado ressonando no ar, quebrando as ondas ondulatórias da indignação, impactando todo esse estado de submissão que somos colocados pelo descaso político.
O Hip Hop era a minha segurança, a retaguarda do coração e das palavras, visualizando e combatendo todas essas situações, a cultura não consegue ver obstáculos, em qualquer espaço ela consegue traduzir as linguagens daqueles que se colocam como transcritores de suas considerações intelectuais.
Banca do Beco - Calixto Créditos: @blogdasakura |
Em meio ao lixo urbano, esquecido nos fundões do mundo, nos bolsões de miséria, em pleno descaso social, todos aqueles que sabem a responsabilidade da luta contra o descaso social, eram elos e agentes em olhares de um só sangue, um só povo, uma única revolta, uma única voz, éramos as mesmas pessoas nos versos, e quando muito observava, ainda via olhares dispersos, talvez suas próprias realidades escondam histórias que os atormentam muito mais do que ali estava sendo exposto, "não podemos calcular a dor da alma, a dor do coração, nem mesmo uma lágrima, ou o peso das dezesseis toneladas de um microfone, podem resolver esses conflitos internos", são estados de vida que nos passam o peso da violência que convivem diariamente, pois, para os políticos e as elites, falar de violência significa meros e tristes impactantes índices de homicídios, enquanto a violência diária da falta de serviços públicos sequer são citadas, essa violência que passa despercebida, enjaulada, muda, cega, surda, onde os seres humanos que residem nessas condições, são meros insignificantes que só servem para o dia da eleição, dos quais ali se sensibilizamos, em perceber, que somos muito mais do que ativistas ao participar de suas vivências ao expor a arte e diagnosticar com prontidão essas tristes e malevolentes situações.
Toda comunidade em suas melhores condições, tentam demonstrar no seu cotidiano a operacionalidade que os regem, é no cotidiano que se encontram as suas riquezas, como os citados anteriormente, que vão desde; (Patrimônio Natural, Patrimônio Cultural e Patrimônio Imaterial), porém o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), ainda não se unificou com as secretárias estaduais afim de modificar e mobilizar projetos que contemplem aquelas comunidades, que integrem diferentes diretrizes, que promovam as políticas públicas, que resguardem as histórias e consigam constituir aportes onde a comunidade tenha voz e melhoria de vida pra poder participar no mínimo com igualdade pra melhoria da vida pessoal, como também, apresentar aos alagoanos e ao mundo, todo patrimônio que pode ser estudado, pois estes povos, assim como o sururu, que foi aprovado com unanimidade patrimônio imaterial de Alagoas, as comunidades que os produzem devem ter os mesmo direitos salvaguardados pelas leis federais e estaduais.
A reunião em torno do Hip Hop, demonstra o poder de ação de agentes atuantes que não se conformam com a realidade social imposta, onde os saberes e fazeres, memórias e ações, são esquecidas e esmagadas pelas camadas poderosas da sociedade, onde somos silenciados e por toda sorte de indignação, nossos conjuntos imateriais e intelectuais passam despercebidos, e mais uma vez, me recordo a frase do professor Viegas Fernandes da Costa: "Precisamos problematizar os patrimônios".
Banca do Beco Créditos: @blogdasakura |
Enquanto a violência elitista vai consumindo a dignidade e sugando as esperanças, os seres humanos enfrentam a vida com todas as dificuldades sem nenhum respeito, seguem esquecidos em todos os aspectos, nossas riquezas naturais continuam sendo destruídas, a vida e a natureza vão sendo destruídas aos poucos, traduzir os aspectos e essências mesmo nos dias de globalização ainda é indiferente, as vezes temos acessos, mais não temos vozes, as vezes temos vozes, mais não temos acessos, onde o silêncio impera, e a lei do chicote continua manipulando currais eleitoreiros, votos de cabresto, onde o sofrimento e falta de educação tem que ser mantidas para se perpetuar as prisões intelectuais e educacionais, ainda assim, temos produtores e artistas, que não se colocam nessa triste visão de interiorizar os problemas, de numca agir contra eles... Mas arte e o Hip Hop alagoano, estão encontrando um diálogo precursor, capaz de problematizar e enriquecer essas populações com suas manifestações, neste momento a luta é mais importante que a história, porém, alguns que aqui estão, sabem a necessidade de reescrever o que eles não veem, mas sabem modificar com suas belas narrativas.
A cultura de rua é o conhecimento que amplia o debate social, e aqueles que não se sensibilizam com a mesma, estão defendendo as elites e suas velhas armaduras, não somos a arte, somos o povo.
Humberto Fonsêca
Agradecimentos, a guerreira Aline Sakura, pelas imagens.
Conheçam seu trabalho no instagram: @blogdasakura
Nenhum comentário:
Postar um comentário