domingo, 30 de agosto de 2015

O Poeta Quer Falar - VII - Poesia: Humberto Fonsêca

O Poeta Quer Falar - VII
 
 
 
O poeta quer falar;
Dizer seus absurdos sem pensar,
Pois já pensou muito,
Agora já não pode parar pra imaginar.
 
O poeta quer falar,
Das "Poucas Palavras",
Que "Pode Ser Diferente",
Em todos seus "Sonhos",
O espetáculo "Já Demorou",
De apresentar este "Inquérito".
 
O poeta quer falar;
De quando persistiu no "Levanta e Anda",
Pensando em "Nóiz",
Suando com a "Zica Vai Lá",
Nas noites solitárias do "Hino Vira-Lata",
Sobrevoando "O Glorioso Retorno De Quem Nunca Esteve Aqui".
 
O poeta quer falar,
Dos dias que pensou em "Quando Eu Morrer",
Sobrevivendo nas noites em "Quando Éramos Reis",
Em cada momento de "Que Assim Seja",
Sonhando nas batalhas e "Muito Mais",
Em seus objetivos, "Virando A Mesa",
Com as causas de nossa "Gratidão".
 
O poeta quer falar;
Das lutas de um "Samurai",
Com "Foco Na Missão",
Guerreando dentro das "64 Linhas",
Sempre evitando "Pra Não Dizer Que Não Falei Do Ódio",
Na força bruta de "Foco, força, e fé".

O poeta quer falar;
Que as canções são seus braços de mar,
Que as palavras oriundas fazem seu ouvido revoltar,
Que os ensaios deste homens o fazem inspirar.

O poeta quer falar.
Que a dor já se recuperou,
Mas o verdadeiro prazer estar em amar.

O poeta quer falar;
Que sem ter lua,
As ruas devemos olhar,
Que se não estiver nas ruas,
Não devemos pelas frestas espiar.

O poeta quer falar;
Que são as velhas manias,
Que nos conduzem aos velhos atos,
E que são os velhos atos,
Que nos levam a estar fora de nosso espaço.

O poeta quer falar;
Que é preciso estar pronto para aprender,
Mas para isso temos que estar aptos para escutar.

O poeta quer falar;
Que a superioridade que ele mesmo conhecia,
Ele a deixou enterrada no mar.

O poeta quer falar;
Que seus perseguidores,
Vieram de longe, e mesmo em terra desconhecida, ou em casa,
Voltaram a sofrer as suas palavras no ar.

O poeta quer falar;
Que não conduz terras,
Não induz homens,
Não supera limites,
Não arquiteta estereótipos,
Não deseja o óbvio,
Não cansa de tentar sossegar a paz contida em seu ódio,
Não espera encontrar junção de repúdio,
Não provoca ciúmes,
Tampouco deseja estar sobre a própria constatação de que elas não podem o parar.

O poeta quer falar;
Que tudo que o que foi vivido,
É tudo agora que o faz replicar,
Prometendo ao que reprime,
A nossa evolução é causa sublime.

O poeta quer falar;
Fazer compreender, entender, questionar...

Pois o poeta sabe,
Que ser poeta é não ter nada pra falar.

Mesmo assim.
O poeta quer falar.



Humberto Fonsêca
 
 
 
 


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