Nas Vozes Do Eu Mesmo
Nas
Vozes
Do
Eu
Mesmo.....................................
Doeu, ouvir tu eu, eu e tu, num tu e eu,
Com minha mistura de palavras,
Confiado de desconfianças,
Sobre os silêncios calados de mudez,
No maremoto de vozes consciente desconexadas,
Sendo que nada é além de mim mesmo,
A nossa própria vida que exala.
Poesia gratificante,
Neologista,
Pré-artista,
Envolta,
De esquisitice,
Espada,
Embanhada,
Pra matar ou morrer nas virtudes.
O desejo de explicar alguns sentimentos podem nos tornar absortos, sórdidos, complexos, demasiados hipócritas por "conhecer tal tema", por conceber tal cena, por criar de tal número pequeno a mais infinita centena, sobre os murmúrios marolentos de quem "sequer sentem a brisa do mar, do vento, do lar, da paz, e até mesmo do espaço", nesta vasta carência de ser "matéria em ocupar um espaço", ter-se em si as glórias de conquistar territórios, e se ter dono das mais improváveis terras e céus das quais simplesmente não levaremos porra nenhuma na hora da morte. Queremos juntar migalhas para obter riquezas, queremos ter riquezas para negar migalhas, queremos saber como o poeta faz seu neologismo sendo que os mais puros neologistas se fazem de poeta. A perda do sentimento é incomensurável, mais instintivamente é preciso aguerrir de tarefas e notar que se os perdedores criaram seus títulos, lápides, e feitos, nós também como sobreviventes dessa pré-morte estamos pronto para encarar os feitos da nossa coragem em lutar contra os abusadores, os adoradores, os compositores impostores de composições sem sentido e que no final das contas qual é o desejo e quem agradar? Agradar a quem afinal? Arte para que e para quem afinal? Minha poesia não agrada nem a mim mesmo, nem meus amigos, nem meus entes, ela é antes de tudo a única maneira salvadora para ver que ainda estou vivo no meio de tantas tragédias e belezas sobre estes mares belos e límpidos do sul.
A diversão é bela,
A responsabilidade também,
Apenados são os que se delas se desfazem,
Por satisfazerem desejos semirreais,
Na queda partida,
De um coração maltratado,
Lançando caminhos,
Que não podem ser segurados.
Os homens que se perdem em seu próprio destino teve como apoio seus próprios destinos, e seus vastos caminhos, por onde andou, percorreu, passou, alguma coisa aprendeu, sentiu, expressou, ou silenciou, pois nem todo é tudo, e nem tudo é todo, mas quando sentimos felicidade no que fazemos somos tudo dessa parte de um todo. E hoje é dia de poesia simbolista, neologista, gramaticalmente contravertida, invertida, inversada, comprometida com meus caminhos e nada mais além de minhas insignificantes úsurias coletivas.
Mas quando escuto a mim mesmo,
Me vem a maldita razão,
A questão e satisfação social,
De se ter como um bom pensante,
Abandonando as loucuras e histerias,
Os calafrios das monotonias,
Focado na missão dada de cada dia,
Averiguando distintamente,
Todas minhas hegemonias.
Auto-avaliação,
Auto-conhecimento,
Auto-discernimento,
Auto-comprometimento,
Auto-comportamento,
Auto-instinto,
Auto-compromisso.
Manualiadade de sentidos,
Manual-caprichos,
Manual-sentidos,
Manual-opções,
Manual-satisfações,
Manual-atrações,
Manual-edições.
Conforme as técnicas poéticas vão sendo deixadas de lado para falar do que se sabe, do que é vivido, e expressamente do que é falado, batemos de frente com a migos e inimigos que se dizem sofisticados Sofisticados sim, para má tecnologia, sofisticados sim, para a má usualidade das coisas, sofisticados sim, para manter-se em meio as falças rebeliões, sosfisticados sim para comensurar méritos e empobrecer os que deveriam ser enaltecidos, sofisticados sim, para esquecer os dias de luta e só pensarem no dia da vitória.
A força e o equilíbrio andam juntas, e os erros da vida não são como os da escola, os que os pais perdoam, os que as famílias entendem, temos de estar prontos para responder por nossas atitudes e não se confundir diante das verdades, pois mesmo que a lei da moralidade esteja diante de voz e sendo distorcida, já pode ser comumente a fraqueza da pessoa ou grupo que se transformou nessas tristes ambições de um mundo completamente sem capacidade de criações.
O povo sempre arruma,
Uma maneira de te julgar,
Uma maneira de te culpar,
Alguma estrada sem sentido,
Alguma passagem do que não é exibido,
Com suas inverdades incapacitadas,
De serem fingidas,
Em seus próprios abrigos.
O povo se abstém, se concentra, se entrega,
Ao óbvio, ao martírio, ao alívio,
Ao conhecido, ao fácil, ao mediano,
Ao comprometimento sem se ver no invés,
No revês de seus conhecimentos nórdicos,
Propensos a qualquer revolução institucional,
Não se sentem livres,
Pelo contrário,
Buscam reis e deuses,
Dos quais as tecnologias,
Já não os satisfazem.
"Paciência é uma virtude, que aliada a percepção, se transforma em ação".
Toda coragem aguerrida,
Nos olhos frágeis e populacionais dos mesmos conhecimentos,
É combatida ao demonstrar a principal mudança,
Quando os seres reconhecem,
Que dentro de suas almas,
Ainda lhe restavam forças e esperanças.
Porém, o tempo é lugar, espaço, e somos meras matérias nessas andanças sem estar completamente liquidados ao fadar dos meados do próximo conhecimento. Enganam-se os sábios, os tolos, os reis e rainhas, mas não engana-se o saber.
Nas
Vozes
Do
Eu
.............................Mesmo
Humberto Fonseca