quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Nas Vozes Do Eu Mesmo - Poesia Neologista - Humberto Fonsêca

 
 
 
 
 
 
 
Nas Vozes Do Eu Mesmo


Nas
     Vozes
             Do
                 Eu
                     Mesmo.....................................

        
Doeu, ouvir tu eu, eu e tu, num tu e eu,
Com minha mistura de palavras,
Confiado de desconfianças,
Sobre os silêncios calados de mudez,
No maremoto de vozes consciente desconexadas,
Sendo que nada é além de mim mesmo,
A nossa própria vida que exala.

                                  Poesia gratificante,
                                              Neologista,
                                                     Pré-artista,
                                                     Envolta,
                                                     De esquisitice,
                                              Espada,
                                  Embanhada,
Pra matar ou morrer nas virtudes.

 O desejo de explicar alguns sentimentos podem nos tornar absortos, sórdidos, complexos, demasiados hipócritas por "conhecer tal tema", por conceber tal cena, por criar de tal número pequeno a mais infinita centena, sobre os murmúrios marolentos de quem "sequer sentem a brisa do mar, do vento, do lar, da paz, e até mesmo do espaço", nesta vasta carência de ser "matéria em ocupar um espaço", ter-se em si as glórias de conquistar territórios, e se ter dono das mais improváveis terras e céus das quais simplesmente não levaremos porra nenhuma na hora da morte. Queremos juntar migalhas para obter riquezas, queremos ter riquezas para negar migalhas, queremos saber como o poeta faz seu neologismo sendo que os mais puros neologistas se fazem de poeta. A perda do sentimento é incomensurável, mais instintivamente é preciso aguerrir de tarefas e notar que se os perdedores criaram seus títulos, lápides, e feitos, nós também como sobreviventes dessa pré-morte estamos pronto para encarar os feitos da nossa coragem em lutar contra os abusadores, os adoradores, os compositores impostores de composições sem sentido e que no final das contas qual é o desejo e quem agradar? Agradar a quem afinal? Arte para que e para quem afinal? Minha poesia não agrada nem  a mim mesmo, nem meus amigos, nem meus entes, ela é antes de tudo a única maneira salvadora para ver que ainda estou vivo no meio de tantas tragédias e belezas sobre estes mares belos e límpidos do sul.

                                                                   A diversão é bela,
                                   A responsabilidade também,
                                   Apenados são os que se delas se desfazem,
                                                                  Por satisfazerem desejos semirreais,
                                                                  Na queda partida,
                                   De um coração maltratado,
                                   Lançando caminhos,
                                   Que não podem ser segurados.

 Os homens que se perdem em seu próprio destino teve como apoio seus próprios destinos, e seus vastos caminhos, por onde andou, percorreu, passou, alguma coisa aprendeu, sentiu, expressou, ou silenciou, pois nem todo é tudo, e nem tudo é todo, mas quando sentimos felicidade no que fazemos somos tudo dessa parte de um todo. E hoje é dia de poesia simbolista, neologista, gramaticalmente contravertida, invertida, inversada, comprometida com meus caminhos e nada mais além de minhas insignificantes úsurias coletivas.

                                              Mas quando escuto a mim mesmo,
                                                            Me vem a maldita razão,
                                                                       A questão e satisfação social,
                                                                       De se ter como um bom pensante,
                                                                      Abandonando as loucuras e histerias,
                                                                      Os calafrios das monotonias,
                                                                      Focado na missão dada de cada dia,
                                                           Averiguando distintamente,
                                             Todas minhas hegemonias.

                                    Auto-avaliação,
                                         Auto-conhecimento,
                                               Auto-discernimento,
                                                      Auto-comprometimento,
                                                           Auto-comportamento,
                                                                Auto-instinto,
                                                                       Auto-compromisso.

                                                           Manualiadade de sentidos,
                                                      Manual-caprichos,
                                                Manual-sentidos,
                                       Manual-opções,
                                Manual-satisfações,
                         Manual-atrações,
                  Manual-edições.

Conforme as técnicas poéticas vão sendo deixadas de lado para falar do que se sabe, do que é vivido, e expressamente do que é falado, batemos de frente com a migos e inimigos que se dizem sofisticados Sofisticados sim, para má tecnologia, sofisticados sim, para a má usualidade das coisas, sofisticados sim, para manter-se em meio as falças rebeliões, sosfisticados sim para comensurar méritos e empobrecer os que deveriam ser enaltecidos, sofisticados sim, para esquecer os dias de luta e só pensarem no dia da vitória.
 A força e o equilíbrio andam juntas, e os erros da vida não são como os da escola, os que os pais perdoam, os que as famílias entendem, temos de estar prontos para responder por nossas atitudes e não se confundir diante das verdades, pois mesmo que a lei da moralidade esteja diante de voz e sendo distorcida, já pode ser comumente a fraqueza da pessoa ou grupo que se transformou nessas tristes ambições de um mundo completamente sem capacidade de criações.

 O povo sempre arruma,
          Uma maneira de te julgar,
                    Uma maneira de te culpar,
                             Alguma estrada sem sentido,
                                      Alguma passagem do que não é exibido,
                                                      Com suas inverdades incapacitadas,
                                                      De serem fingidas,
                                                      Em seus próprios abrigos.
                      O povo se abstém, se concentra, se entrega,
Ao óbvio, ao martírio, ao alívio,
Ao conhecido, ao fácil, ao mediano,
Ao comprometimento sem se ver no invés,
No revês de seus conhecimentos nórdicos,
Propensos a qualquer revolução institucional,
Não se sentem livres,
Pelo contrário,
                 Buscam reis e deuses,
                                Dos quais as tecnologias,
                                  Já não os satisfazem.
 
"Paciência é uma virtude, que aliada  a percepção, se transforma em ação".
 
Toda coragem aguerrida,
Nos olhos frágeis e populacionais dos mesmos conhecimentos,
É  combatida ao demonstrar a principal mudança,
Quando os seres reconhecem,
Que dentro de suas almas,
Ainda lhe restavam forças e esperanças.

 Porém, o tempo é lugar, espaço, e somos meras matérias nessas andanças sem estar completamente liquidados ao fadar dos meados do próximo conhecimento. Enganam-se os sábios, os tolos, os reis e rainhas, mas não engana-se o saber.

 
Nas
     Vozes    
             Do            
                 Eu                  
                     .............................Mesmo                     

Humberto Fonseca




 

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Retrospectiva Poética - Humberto Fonseca - Poesias, Pensamentos - 2012/2013


Retrospectiva Poética 2012/2013 




 
 à limpeza...
Apto. Propósito. Não cumulativo. Desperta o presente.
É como a alma se sente em um ambiente.
Começamos ao abrir dos olhos, a buscar que cada momento assim por diante do dia nos vá aparecendo, ou que nossa obrigação se torne paciente e necessária para vencer os momentos que "a graça", a paz espiritual, "sem o abrigo de deuses", Deus mesmo nos disse que a imagem do homem nada é comparado a sua vibração interna, e no desejo pela verdade, a verdadeira paz espiritu...al está com ele. Quis dizer, (no seu interior). é você que conduz se deve tirar ou não a remela dos olhos...
Quantos seres não se perdem com a própria razão. E a razão se transforma em ódio, e o ódio em razão. (_ fuja disso.)
O que são rios e pontes para quem tem pernas e braços? o homem mesmo não tem sido violentado a quebrar-se por recordes? Eu também sou livre para viver, acreditar, e seguir os meus verdadeiros instintos. E quase sempre esqueço de passar um pano no computador, revirar os monturos de papéis, se desfazer do lixo. Mas se quero mesmo a mudança e não perder tempo... É começar a se limpar-se com um olhar de paz e serenidade sobre está terra, vales, e mar. com a paz de Deus, nosso senhor.
Se vivemos a desafiar tantos demônios, consagrar tantos instantes, por quê não desafiar uma mudança, um resgate, a verdadeira limpeza da alma?
A busca interior de cada ser.
_ Não se esqueça dos seus objetos. E sempre que puder em segundo plano...
Humberto Fonseca

17 de outubro de 2012
Viaduto Sta. Tereza - BH)
Meu,
Belo Horizonte,...
Nunca fecha.

Humberto Fonseca

Em Conhecimento
A poesia, minha arte infra interior. desmascarada. positivamente franca. raja soprante entre os ventos, esfacela-se em dedos, choca-se em mentes.
O que verbaria, não declamo. não clamais. _ ouvis-te? (não clamais!), se o bom cabrito não berra, agora não berrará mais. e quem for, que fique agora, ou volte para sempre. o tempo é o mesmo. o método sempre difere...

"O coração,
Grudado na parede,
Do meu corpo,
Quase caí."

Deus Criou o Homem, e o Homem Fez o Mundo
Deus Trouxe o homem para a terra da verdade,
O destruiu com as frutas da maldade,
Recapítulo a história presente da antiguidade.
...
Havia flores, animais e muitos pássaros,
Montanhas, vales, a vida selvagem.
Os mares limpos, sem poluição nos ares.
Com o tempo ele inventa armas, planos e batalhas,
Em Hiroshima uma lembrança que nos talha,
Vidas e uma flôr sombria...
Emociona, arrepia.
Homem; vigarista, hipócrita, mesquinho,
Matam todos, frorescem os espinhos,
Máquinas e você lutam no mesmo caminho,
Não compreende que o mundo desde que é mundo,
Este está sozinho?
Deus; Ele é um ser diplomático, renomado, educado,
Respeita todos, histórias, culturas,
Do presente ou passado, não vê credos,
Está na face da terra, em qualquer lado.
O homem perdeu-se com o tempo,
Fez de sua palavra tabernáculos,
Esqueceu o amor, e amou o culto,
Deixou se envolver nas fantasias que o levam ao precípicio.
Vidas ganhas, almas perdidas,
Abolição do homem à tecnologia,
Enquanto cristo ama o homem,
Ele só pensa em quanto ganha,
E o esquece a cada dia.
Porém a natureza mostra o lado oculto,
Alagamentos, furacões, destruições,
Vulcões que acordam...
A massa grita e agora quer se refugiar,
Esconde a capa, vejo drama em seu olhar,
Esperem as geleiras que derretem devagar.
Deste jeito os séculos irão voar,
Décadas em dias, ultra-violeta no ar,
Atmosfera diluída,
Mares de esgoto,
Agora falta água,
Logo mais o ar.
Deus e o homem,
Alguém gostaria de julgar...

Meu Café
Tem o cheiro,
da tua pele.
viscosa,...
que des'água,
no meu açúcar.

Doce,
alegre,
e amarga.
_ saborosa!
Áh, não farto-me,
de beber-te,
em mim.
Eu só,
troquei a maneira,
de coar,
todo teu suor.
_ aí que calafrio... quente!
Só de pensar no sopapo,
solavanco,
das tuas coxas.
Vou-te,
emprenhar,
de dores...
Teu corpo,
remexe comigo,
dançando no claro'escuro
das epopeias sem poesia.

Texto:...
Sinuosidade Sonora
ondas vinham,
pelos caminhos de pedra,
entre uma ladeira e outra nos afogavamos.
há se toda voz fosse iluminada,
se todo escuro além de seu negro,
não tivesse sons...
quantas auroras até o fim,
pois hoje somos,
uma nuvem sobre os olhos.
me de asas,
passo-lhe as cobras,
e caíras do céu.
Um Verso Em Desatino
Quem es tu,
porque entre os vaos me rodeiam,
se nem notas quem sou...
se fui cobra ou pássaro,
aos olhos dos homens e de Deus,
ninguem viu.
se componha,
pois o homem sem veste,
é pele, é alma, é vulto.
sobre as madrugadas,
pelas ribeiras da solidão,
descansando sobre o mármoreo inferno.
o que sou eu,
o que será tu,
depois deles.
Mistério em Desavença
e qual som jorrou,
que de meus ouvidos,
só me vem luz.
estais agora perdido,
entre ti e os mistérios,
prefiro-me só.
com os sons,
os relampejos fatais,
nas traçoeiras dedilhadas do além.
bate, toca, amortece,
porquê além do couro há pêlos,
e o corpo envaidece...
de loucuras sorrateiras,
enebriadas vertentes,
esconderam-se.
não por esses olhos,
não por esses rastros,
mas pelos seus mistérios.

Humbertio Fonseca
Foto: "Solitário da Riba"
Texto: "Poema ao Acaso"
Condenso as formas,...
Os pensamentos,
Sem perder os passos.

Infrene'frenisi,
Murmurejando o olhar,
Passo os barcos,
As ilhas...
Eis um desfecho,
Pesca a vida,
Ou estar na rede dela.
Humberto Fonseca


"Obstante"...
A paisagem,
O estático,
Faz-se memória.
Nos objetos,
A mudança.

Humberto Fonseca


"Balé de Surfista"
A criança,
Não vê barreiras,
Som,...
Sentidos,
Seu tato,
Nos ares,
É descomunal.

Humberto Fonseca

"Gravidade surda'e'muda"
A força,
Que Deus nos dá,
Faz operar todos os sentidos.
...
Humberto Fonseca


Poesia: "Que o Raio o Parta"
...
Desce na cabeça desses pregos, que chamam...

Parte ao meio, de lado, na banda!
Esse enxerte de moléculas evapora fácil.

implorifernante! nado...

eu to na'água,
o rei do mofo,
lápide esgrimado,

aqui chove sem parar...
que o raio o parta...
o sobrena-e-o-tál...

Humberto C. da Fonseca


"Trecho de: Entre os Vales do Mar"...
"O que seria da vida sem o líbido matinal... amanhece por aqui já. sente-se levemente o poder do fim do verão, (com toda força) vou incensando e orvalhado nos cercados, as casas de aranhas visualizadas por gotas-d'água, (na manhã me sinto com os poderes de Deus e os instintos do capeta) "este segundo sempre em nome menor, derrotado, ineficaz"... há manhã que ainda não esfriou, pois o sol pondera, e logo mais vazará sobre as nuvens as razões dessas águas, entre os vales vê-se rochas e os espartilhos soltos daquela que se dilacera no choramingar miando a dizer; __ o filho do tempo passou a viver por aqui..."
Humberto Fonseca

Foto: "Azul Solar"
Praia do Rosa
Passos...
...
tu tivestes onde ir,
e onde fostes?
para quer ir?
se no fim mesmo,
tu'sempre quiserá'ficar.
Humberto Fonseca

Foto: "Amanhecer Cego"
Praia do Rosa
Poesia: "Sem Cor"
...
Mais assim...
Você quer cansar a mim...
Foram os disfarces de outras palavras,
A toca-da-calada,
No silêncio que é meu.
Se pego na caneta...
As linhas somem,
Essa é a primeira poesia que me faz fechar os olhos...
De uma frase que quase atropelou o espiral.
Eu quero mesmo...
Seriamente!
É um começo...
Arrumar esta vida,
Alguns poemas...
E um segredo...
Aguenta-te safra á fora,
Que vem poesia...
Mel que não beijo.

Humberto Fonseca


Foto: "Porto do Olhar"
Poesia: "Silêncio Sonoro"
Se meu olhar descrever tudo......
Ei-de-me acabar com o mundo,
Os olhos... Sábios e velhos,
Parece-me até que conhece os poucos instantes há tanto...

Humberto Fonseca

Foto: "Azul Solar II - Flash Back"
Poesia: "Vermelho"
O coração,...
Grudado na parede,
Do meu corpo,
Quase caí.

Ao te ver,
A vibração nos teus olhos,
Seduz a paz,
De meus instintos,
Em tua selvageria,
Quanto tempo ainda resta,
Eu não sei mais.
Se fico ou vou,
Nas asas do destino,
Aos braços desse amor.
Se tua voz,
Ainda é surda aos meus ouvidos,
Porque meu corpo domina?
Ar que eu respiro,
Sol do meu dia...
Os pecados da vida,
No vermelho de teus lábios.
Um dia seco,
Madruga-fria,
Solidão de meu ser,
Entusiasta.
De meus passados em cinzas,
As tuas cores renovam,
Rosa-vermelha-amarela,
Flôr do meu interior.
Campo, praia, fazenda,
Desertos, favelas, cidades,
Em tuas mãos,
As minhas chaves.
Tu quem me das o tom,
Na tua pele o Leblon,
Não vejo mais.
Sigo pelas areias,
Percorrendo tuas águas,
Vivente da sua voz.
Ar que eu respiro,
Sol do meu dia...
Os pecados da vida,
No vermelho de teus lábios.
Humberto Fonseca



Foto: "Azul Solar III - Estático"
Praia do Rosa - Norte
Texto: "Trecho de Um Poema Qualquer"
...
Seria bom se tudo fosse bonito? Mas o mundo é desigual, incoerente, só temos aqui perfeitamente, os animais e natureza.
O homem continua nadando sem saber a profundidade, firmando-se em escuros e águas profundamente desconhecidas, mutável vivente do nível raso, sagaz de absolutismo, desprezando as suas próprias maravilhas para defender teorias de objetos.
Sou poesia viva, que não precisa intimar a beleza. Faço o sujo luzir, tilintar cores, brilho, impacto visual, mesmo estando cego. Prefiro isolar-me, "sem depressão nenhuma", para saber quem sou, verdadeiramente, do que me expor sem ter ideia de que, onde, com quem, e porque estaria me iludindo com o exibicionismo... Sem essa de com ou quais motivos para se pertencer ao meio do esmo.
Não sou dependente da beleza... "Escutou bela?", uma incerteza para mim já é o mesmo que ver o fio da esperança. Sou vida e não filosofo. Sou agouro das palavras, nunca palavras de agouro. Os profanadores exercem seus papéis, juras, causos, minhas essências, não julga, tampouco irá fazer causo deles.
_ Sou vida, poesia viva. Amante heterogêneo da neutralidade caótica.
A solidão só faz medo aqueles que desconhecem pessoas.
Azul ou verde?
Simples rosa,
As cores do teu biquíni,
Combina com teus olhos.
Pra mim ver,
Te cantar,
Para mim.

Humberto Fonseca


"No Profundo"
Eu sei onde começo,
Mas não imagino onde,
Tampouco quando parar.
Eu sou chato,
Rude, humilde, quieto e inquieto.
Tenso, broco, xucro-intelectual,
(As vezes), mas prefiro o método idiota.
De ser,
Viver,
Estar,
Onde,
Meu,
Corpo,
Coração,
E Alma,
Fala.

"As pessoas,
Além de ser,
São o que dizem."

"O sorriso,
É brilho,
Da alma."



Trabalhas,
Com ardor,
A dor,
A esperança,
O amor.
Sofres,
Es perseguido,
Quando muito ganha,
É o pouco.
Sabes a diferença,
Entre a carne e o osso,
O pó e caroço...
Es lágrima,
Força,
Atitude sem fim.
Meu pai,
Tua mãe,
Vivem assim.
Humberto Fonseca

Poesia: "Num Lugar Qualquer de Todos"...
Onde mesmo nasceste?
Com que bandeira, cor, país...
Onde mesmo crescestes?
Sem pai, nem mãe, sem dor, nem flor...
Quem tu es, além de mim, além de tu?
_ Ainda assim, luta por todos nós!
Não es São, nem Paulo,
Não es Santa, nem demônios,
Es a terra de todos encontros.
Humberto Fonseca

"Trecho Das Métricas"
caí mundo. caí mudo. cai chão....
tudo por quanto,
antes de todos os fins.
há senhor,
minh'alma
forçou.
robusto fui,
até quando,
não sou.
andorinha,
sem verão,
faiz'sol.

Humberto Fonseca

"Num Azul Sem Fim"...
A tarde,
A noite,
A manhã...
Amanhã eu terei,
Cores de todos os tipos,
Mas nenhum azul como o teu.
Humberto Fonseca

"Eu Sempre Sonhei"...
Eu sonhei,
Num dia claro tão escuro,
Que nossas mãos podia,
Tocar, sentir, adestra-se,
Por um motivo de riso,
No olhar calmo mudo,
Que acorda o mais sensível dos seres que dorme.
Humberto Fonseca

Até Mais, Não Tarda"...
Tu sabes quanto vale o tempo?
Já tentaste tempar?Nas têmporas?
Sobre o vento, sol e relento?
Na lua calma, mar bravo, ou chuva densa?
Sei que tu verás,
Por nós, tu veras,
Quem sabe o quanto antes,
Quem sabe até onde e quando vai o breve...
Até mais, não tarda.
Humberto Fonseca

: "Ramos"...
Peixe fora d'água,
Fica sem ar,
Bate no chão,
Morre com tremelique cardíaco.
Humberto Fonseca

O letrista,
Morde palavras,
Cospe frases.
Humberto Fonseca

"Trecho de: Em Alguma Parte"...
Ela sabe onde deve estar,
Ela sempre ficou bem por lá,
Não sei se me quiserá,
Ou se buscará...
Na água que se curva,
Eu tenho uma arma boba,
Desaguando em lágrimas,
Na água que se curva...
É uma onda,
Uma bomba,
Ela falha,
De um peixe para a sala...
Na barriga que me casa,
Onde meus filhos podem ser Jonas,
Na terra dos que não falam.
Eu conformo agora um lado que me estiverá sempre angustiado, ou do qual sempre dei pouco ouvido (como ficar quieto com tudo que estou sentido? seria saudade? amor sem declives, capaz de subir-me ao topo da minha concepção, é a realidade que ela me traz, sabendo que deixa solto as minhas decisões sobre seu respeito), é preciso falar deste amor solitário, onde vemos o adeus breve sempre como volta, não te esqueço, te desejo, buscarei mesmo não vendo.
Na sua alvenaria particular, fico (espesso), você trabalha dentro do meu coro um grito que detém notavelmente arte demasiada de paixão, me sinto (frondoso), é tudo colosso da tu'alma nos brilhos que me aparecem...
Humberto Fonseca

"Não Subestime Seu Equilíbrio"...


Não subestime seu equilíbrio,
Influências, histórias,
Subconsciente de um mito.
O que rodeia teu caráter?
Fugitivos, homicidas, réus primários,
Destinados acabarem com seu embalo,
Surpreendendo a batida do conjunto,
Dilatando os pecados,
No coeficiente múltiplo,
Aqui passados.
Desiquilíbrio,
Todos na corda bamba,
Constante barganha...
E o governo sumiu,
Renasceu, nos faliu,
E a verdade nem viu.
Não tem empate entre o homem e a natureza,
Adeus areia branca,
Daqui uns dias terra preta.
Humberto Fonseca

"Um Risco de Pensamento"
Transportado pelo imediatismo, e concessão, vamos tomando de mão em mãos aquilo que não é nosso, mas parece de todos. “A arte é uma doida’vã passagem dos sinismos que cobramos”, é a porta de tensão, aberta para um alívio. Que seja imediato. Breve. Mas que seja. Afinal de contas, nem sempre o mais durável é artístico. E nem sempre o mais artístico é durável.
Eis, o eis da questão. Ser o que ela é, ou o quão pequeno e grandes somos com ela. A humildade continua sendo uma luz ao artista, uma ponte que faz sobressair naturalidade e inspiração, expira e explode. O ar frio e repentino faz tilintar as palavras intricáveis, e pesos que sustentamos sem dor, todavia, participamos, convivemos, expandimos nosso senso comum e incomum.
Humberto Fonseca

"Fragmentos"...
"Alternância de palavras pela corrida árdua, reavivamento, que mostra a sigularidade, honestidade, segregando uma tímida liberdade, (pois não sente-se presa), calada, amotinada, em um barraco ou caís vazio, da solidão, do perigo, da doença humana, retiro dos mistérios, com a nutrida ineficiência, em sua busca tomo todos os caminhos contrários, invernando sabiamente no poder da coerência".
Humberto Fonseca

"Velas"...
"Como é bom segurar vela para que a poesia namore seu autor"...
Se entregue...
Passei-a...
Canetadas falassem,
A mente nada seria.
Nada mais é um papel vázio,
Mal preenchido, bem escrito,
Provo todo meu absinto...
Adormeço.
Humberto Fonseca

Assim,
Amanheceu o dia,...

Enquanto,
Enternecidamente,
Eu jazia,
Em tua paz.

Humberto Fonseca

Enquanto não vens,
Tomamos café,...
Adiantamos a prosa,
Somamos a sentença,
Na união guiada sobre o deserto,
Reparando os cascos,
As proas,
Os rumos.

Humberto Fonseca

"A Beleza da Sinceradade"
Como pode o poeta chegar a tal miséria e dizer-se intelectual... filhos do destino nada podem. Quando se encontra um ouro que não te traz felicidade, um “ouro falso” lavado em chuvas negras, de todos os sofrimentos e sonhos, abnegações e realidades, torcendo e derrocando o saber numa profundidade rasa, essa é a compatibilidade do poeta, buscar o passado em um tempo presente, falando sem recados, você exuma seu... espírito, antes morto, para ser apedrejado diante dos fiéis, dos putos, das soberbas, gostosas e lunáticos! Que juram de dedos cruzados ser de um mesmo planeta.
Porque não me deprimo. Adoeço. Enfraqueço. Desisto? Para que tanta vida sem ver o resolver das situações que fogem como água entre as mãos, destratamos nossa felicidade por angústia, pois as vezes temos ela ao nosso lado, já não busco mais nada além de mim, e a cada encontro com os “eus e os outros”, transformei todos os meus amores em lembranças, família, amigos, cidade, lugares e terra natal. Sou a força em poder do medo apenas de ser cigano, de ler mãos, adivinhar futuros, imaginar situações que não possa cruzar por estas silhuetas binárias, encorpadas, bem vestidas, delirantes e formosas quando se entregam na surdina... vou buscar o fim e trazer para que o começo veja e não retorne para este lado do sol. Por mais plano que seja a terra, algo esconde-se, e meus olhos é um vão longe sem choro caído nostálgico.
Não é difícil matar um leão por dia...
Impossível parece, acordar antes dele.

Humberto Fonseca


"O Coração Sente"
O dito,...
É ditado, palavra,
Feito de tempos dourados,
Onde a voz era pecado,
O sentir do sentido obscuro,
Por ver, calar, e amar,
A carne, o coração,
Até mesmo a alma,
Desejou sem ter,
Teve sem desejar,
Foi vendo essas e outras,
Para chegarmos nessa liberdade,
Tão mais, tão plena,
Que todo passado futurista,
Onde se perdemos vendo,
Olhando com olho,
Lambendo com a testa,
Rasgando as peles,
Mudas, surdas,
Gritantes ao desafio,
De se perder com prazer.


Humberto Fonseca

: "Prisma Rosa"
Prismática,
Em meu estático olhar,
Subalterno, colorido,...
Difuso, pigmentado,
Em seu tom,
Na suspensão,
Meu olhar insolúvel,
Em tuas águas.

Humberto Fonseca

"Traços"
Tenho tentado fazer com que "todo dia venha ser o mais importante", relacionando-me, vivenciando, buscando a sutileza, singelo, terno, e atraindo o que me deixe em paz, cada dia mais natural, sem superficialidades, no palanque das verossimilhanças, sou história, fatos, pecado, mas antes de tudo, natural, sem chaves, com a minha ética não busco a de ninguém, faz-me feliz conhecer quem quer que seja, só assim para saber um p...ouco de quem realmente, verdadeiramente es, já tirei minha carapuça, acostumei-me com minha feiura, minhas "tosquialidades", (pois até o mais tosco tem suas qualidades), será que somos o que nos apresentamos? Ou nosso interior não só esconde como desenha uma proposta de caráter e ambiguidade para transformar palavras em realidades? Seria pois uma junção de soberba de querer ser justo e profano? Burro e culto? Nefasto e simplesmente apaziguado? Não desejo compreender os seres...
Não sou analista.
Humberto Fonseca


"Vos digo,
Que mais da metade das dificuldades,
Chama-se; preguiça".
Humberto Fonseca


"Prospecto Retangular Da Casa Sobre Uma Janela"
Poesia: "Quadrante"
O quadro,...
A tela,
Os pincéis...

Em mãos audaciosas,
Tomam forma,
De óleos,
Depois de um clique,
Em acrílico.
Humberto Fonseca

Poesia: "Vozes"
Seus passos,...
Estalavam,
Não eram açoites...

Fora das minhas memórias,
Gritos e vozes,
De liberdade.
Humberto Fonseca


Poesia: "Cimentando'Mãos"
...
Sou formado na construção,
Em milhar de palavra,
Pelas centenas entediadas.
"Procurando a estrutura perdida",
De um alicerce rasgado por cura,
Com amargura adocicada de verbetes,
Manipulando remédio,
Na maca de transportar doutor.
Humberto Fonseca

Poesia: "Sentido Construtivo"
Tomo ar na vida,
No espírito,
Na carne,
N'alma...
Eis a força,
Poder inabalável,
Dentro de nós.
Inteligência,
Determinação,
Muito mais que a nobre luz,
Esperança.
Cálculo,
Metas,
Instinto,
Intuição,
Domínio.
Inteligência apraz,
Abrsorve,
As forças contrárias,
Que engradencem,
Mas nunca me fará pequeno diante delas.
Humberto Fonseca

Às Escritas...
Tu me deste o desejo, (se é que pode-se dizer), voz da palavra, inativa, pesada, soberba e cálida. E o céu nada mais é que a terra, (flutuar a cada passo vagarosamente), os dias preponderados, insolentes, teste fútil de um descaso que nunca aconteça. A segurança mata, e acaba de certo modo com a confiabilidade. Nem todo uso é um ceife, uma grua ante’amplidão, esse gás morros-moroso descambado nas valas.
E tu me vens sem caminho, destino, feito um filho feito, destraço, te endireito, mas segues torta. Perdido entre meus pecados, as infestação não passadas, não passarão mais, não passarás.
Diante desses olhos como se não fosse vista, visita, sala e fachada. E quem não é interessante? Também sobrevive. Subjuga e contenda humanamente o que somos? Será mesmo que nenhuma esquecidão será lembrada para quem pouco importa. Também vive-se sem pátria. E falando da língua que o corpo nos dá.
A realidade é um contraste, quando adormecemos essas impregnações descansam para o dia seguinte, ou até mesmo ligado já não descansa, é automática em absorção, completo de indiferenças, a confiança é um também espírito de liberdade.
Humberto Fonseca



"Em Conhecimento"
A poesia, minha arte infra interior. Desmascarada. Positivamente franca. Raja soprante, entre os ventos, esfacela-se em dedos, choca-se em mentes.
...
O que verba, não declama. E o que declama não verba? Que poeta é este... Não clamais.
_ Ouviste? (não clamais!), se o bom cabrito não berra, agora não berrará mais. E quem for que fique agora, ou volte para sempre. O tempo é o mesmo. O método sempre diferente...
Em verso, mudo de alma sem gama, e ao mesmo tempo (com tantas ganas), "porque o calor é intenso no corpo entre o campo e faixa de litoral?", são tantas belezas...
Mas quem tá pro rolé não quer ficar na memória. Meu ser por isso difere, por buscar o diferente. (Pecador também sou), errôneo, naturalmente. Somos criados assim desde os primórdios, é mais um que vive dos erros e acertos, das obrigações e cabimentos, na liberdade tradicional, ou fora desse patamar, no obséquio, sem medo de silhuetas, sem glamour à tantas formosas, bem sei...
Tanto tempo solitário com a vida que a imaginação deseja refinar-se enquanto vou sujeitando-a... Nos trôpegos. A fina e translucida retina vê muito, bem mais, ao acalmar sua vista no cansaço dos aflitos. Pois minha alma de alguma maneira vai transferindo-se nos estágios naturais, o que sinto é corporal, energia positiva, desde o levantar cedo pra ir buscar pão, ver o sol sobre a montanha, no seu "ar rarefeito" dissipando pelos pulmões, fresco, de vento orvalhado, e brilho que nos dá um olhar para apalpar fantasiada’mente todas as forças e metafísicas da natureza. Sem contar o poder da poesia que se faz presente a nós linha ante-linha.
Procuro sempre falar por nós... Porque esse esquecimento por mim? Será que nunca vou conseguir enfiar estrelas no meu ombro? Sabe quando o tipo de personalidade acaba esvaziando-se? Quando se usa tudo de uma pessoa, desde o seu melhor, até mesmo aquilo que parece desnaturalizado e incondicional. De saber o que te faz mal e mesmo assim te jogarem na cara e na silhueta todos os dias? Pois é meu caro...
__ ISSO PASSA! E TODO CASTIGO PRA POBRE É POUCO!
Haverá dias, em que tu te levantarás com uma força sobrenatural. Quando teu ser conciliar-se com o exterior... Quando sua vaga espiritual encontrar firmemente um piso de confiança e elevação. A paz é um juízo que os homens buscam sempre nos roubar. Seja com uma invenção moderna, seja com uma irrefletida ação. Pressurizo as sensações e não estou sancionando nenhuma questão, meu dizer é falar, abundância de força e espírito. Porque além da capacidade muscular e motora, meu intelecto precisa cansar.
Humberto Fonseca


Limas
Eu vou fazer uma poesia como das que nunca escrevi...
Repeti, ou te disse,
Se o som puder levar-te,
Vou soprar-me junto com toda força de meus...

Quando editar a ilha sem temer o mar,
Com força sem vento onde chove e não faz sol,
Dos leques abertos por mim feitos para o calor que vai te percorrer,
E o arrepio vai ser bom, vicioso, em paz.
O nosso bom trato tem como feito as palavras,
E que sejam bem vindas de braços abertos,
Sem saudade do que foi bom para ter o melhor.
Tinha calamidades em vista,
E olhos fora delas,
Delas que se retomaram,
Em visitas pequenas,
A grande rotação do cabeçalho,
Em toda criação calada...
Sabes que agora é filha,
Do pai que não conhece,
Mas tem no peito seu amor,
Pela filha que es.
Tenho um coração sustância,
Que precisa de emoções para bater,
Conheço o motor e onde pode pisar mais fundo para ouvi-lo...
Escuto-o atualmente,
Grandes reboliços, marcações bem feitas,
Sem o bater-se de frente...
De tudo que deixei para trás,
Sem que perceba,
Passou-se de ruim para bom.
Gosto de laranja doce,
Daquelas que lima a goela,
Com casca, e caroço,
Seu ácido tendo as metades,
Do engraçado casar sem namoro.
Humberto Fonseca



O Sábio
Genuinidade torpe,
Óh senhor dos céus,´
Tomai conta da terra.
...
Sufrágios em mercúrios límpidos,
Frieza incondicional,
Purificando-se em leves doses de amor.
Sem enganar o coração,
Acostumado com as verdades,
No matrimônio de uma alma pura.
Destacado dos sentimentos,
Impregnando-se na razão,
Invariável sobre os destinos.
Sufoca as provocações,
Mergulha em mistérios,
Destinado ao silêncio.
Rompe as algemas do pensamento,
Libertando a crédula incredulidade,
Não sofre por bloqueios.
Sem questionar os erros,
Achando-se em caminhos sem mapa...
O que sabe ele?

Humberto Fonseca

. . .
O homem de coração bom,
Admite no ser a verdade,
Ao conhecer quem quer que seja.
...
Humberto Fonseca

 


 

domingo, 10 de janeiro de 2016

O Tempo Que Não Esquecemos - Poesia: Humberto Fonsêca


 


 
O Tempo Que Não Esquecemos...


Exaltado o ser, exaltado o momento, simples são as lembranças,
O passado remoto, remonta, todas as consequências, possibilidades,
A dor e o amor se faz quase presente, quase sumindo,
Em cada instante que as lágrimas não ousam cair,
Onde se esconde os mais puros sentimentos,
Que as razões humanas ousam-nos fazer esquecer de sentir,
De ser, de saber, de se ter como único prazer.

Quanto tempo sem ouvir o que realmente me importa,
Sem me escutar com todas as emoções,
Quanto tempo sem relembrar a felicidade interior,
Quanto tempo para reconhecer que os sentimentos podem até serem ignorados,
Mas não podem serem apagados caso estes sejam verdadeiros.

"Lembrar-se da humanidade e lutar por algo é natural,
Amar a si próprio e cuidar do nosso coração,
É uma satisfação que não deve ser praticada,
Deve está ser uma obrigatoriedade,
Pois sendo assim, a ilusão também é uma amante da verdade,
Estaremos indo muito além de todas as regras, direitos e constituições".

O voo das esperanças cruzam meu destino,
Defendo as possibilidades esquecidas,
Pois não enganei meu coração sentimento e coragem em nenhum momento,
Tudo que fora sentido e expressado, apesar de ter passado,
Ainda existe como amadurecimento,
Frutos de esperanças amplamente guardadas,
Em contraste de falácias que devem ser ignoradas.

Ouvir a si mesmo,
É o mais importante e mais belo prazer concedido aos desejos,
Longe das vorazes solidões,
Perto dos confortados corações,
Sem improvisar soluções, lições, argumentações,
Indiferente, coerente, subsidiado pelo alivio dos puros sentimentos.

Poeta, naturaliza os momentos,
Idealiza sonhos e não objetivos,
Compõem barreiras sem mistérios,
Quebra toda construção sem martelo,
Faz ordem, lei, regras, sem sentido,
Buscando na palavra alguma bravura perdida,
Do tipo:
"Deus não escolhe os capacitados, ele capacita os escolhidos".

Otimismo é uma palavra nem tanto usual nos dias de hoje,
Enquanto o pessimismo parece carícia e adorno sobre nossos sentimentos,
Plantam pedras como se fossem flores,
Colocam pregos como se fossem sabores,
Iludem as verdades com jogos adestradores,
Induzem, recriam, sofisticam,
Mas na verdade, nada além do vazio indicam.

Somos atores da nossa ambição,
Somos solicitadores da nossa condição,
Somos desbravadores da nossa revolução,
Somos a voz da nossa questão,
Somos a solução,
Que antes, agora, e depois,
Parecia não ter solução.

Não te aflijas, não chores,
Ou chores,
Mas sinta-se dono se seus pensamentos e da sua liberdade individual inquestionável,
Seja verdadeiro consigo ante os mascarados,
Quebre as correntes dos falsos dogmas nesses inusitados imediatismos,
Abandone os falsos círculos,
Reúna-se com sentido,
Obrigando-se sempre a sentir...

O tempo que não esquecemos.



Humberto Fonsêca



 

Sem Mais Tempo - Poesia: Humberto Fonsêca

 
 
 
Sem Mais Tempo...
 

Para dizer o que sinto,
Para dizer o que preciso,
Para dizer o que consigo,
Para dizer meus instintos,
Para dizer meus recintos.

 As novidades esquecidas embasam todo um conceito disfuncional sobre a minha gramática embasbacada de promessas seculares ante as almas que se fazem presentes estando completamente esquecidas. Vazias. Emolduradas de sorrisos, quase engraçados, quase verdadeiros, quase alegres. A falsidade moral e ideológica não mais predomina, meu coração reconhece a verdadeira sabedoria e compaixão, mesmo não tentando crer nelas como fontes que podem ser as mais possíveis donas da revolução pessoal, não posso se entreter ao meio de tantas capacidades absolutas de erros, sentindo-se e mostrando-se superiores. Superiores de que nós somos? De quem? De quais? Possivelmente os interiores estão cheios de avarias e completamente esquecidos de si mesmos. Como pessoas estamos muito longe de qualquer perfeição. Como pessoas estamos completamente longe da verdadeira liberdade. Como pessoas estamos completamente descabidos e entregues a todo meio de entretenimento. Como pessoas depositamos em nosso egoísmo uma mudança visível, mas que na prática continua sendo prática. Como pessoas somos falhas reais e sem questão de observar provas sobre os fatos, consentimos em se entregar na mesmice honorária.

Levado ao tempo,
Meus olhos,
Tórridos de realidade,
Engano meu próprio ser,
Engano minhas própria mentiras,
Para estar ligado com meu interior.

 Solicitude aos possíveis conhecidos, e silêncio aos já mascarados nessa estrada, que caminha tortuosa sobre nossos pés, que mesmo parada suporta todo peso de nosso corpo sem reclamar uma dádiva, sem que tenha na poeira uma lágrima, sem que em seus espaços esteja enfadada, a vida se repete vida e repleta de conhecimento, de inteligências, sabedorias, negociatas, festas enganosas, encontros refutados de superficialidades, abraços inseguros, paixões sem nenhum estímulo, e as possíveis máscaras caindo uma após outra, seguidamente, sem dó nem piedade de nossa espécie que parece adormecer nos estados sem sentidos das escolhas quase certas quase erradas.

Poesia, meu alimento,
Força desbravadora,
Nunca abandones,
Este corpo teso,
Conhecimento meigo,
Nos sofrimentos verdadeiros.

 Como queria não ter esperança. Como queria não ter coragem. Como queria não conhecer a verdade. Como queria poder abandonar tudo e todos. Como queria não ser nada. Como queria estar simplesmente longe de enganações. Esperava ser mais fraco, mais covarde e muito medroso, mais meu temor em ser alguma dessas referências me faz andar de frente ao caos e enfrentar os inimigos. Minha vergonha de fraquejar me ergue todos os dias para suportar uma vergonha qualquer para enfrentar essas desigualdades. O preconceito exterior não será capaz de fazer com que abaixe minha cabeça e esqueça os meus sentimentos, estas pragmáticas situações adversas só me fazem crescer pessoalmente, e não apenas enxergar que evolui, mas simplesmente, esqueci dos fracos e me comporto dentro das expectativas como homem que veio para está terra afim de batalhas infindáveis contra estes falsos pensadores, falsos sacerdotes, falsos deuses, e tantos outros mistérios tecnológicos que simplesmente nunca poderão sentir a realização humana.

Nessa eras e redes,
De imensuráveis compartilhamentos,
Detalho os pensamentos,
Nas estrofes do silêncio,
O remédio dos meus tempos,.
Nas guerras dos meus conceitos.

 A batalha espiritual e constante, é direta, sem freios, a todo momento. A escassez de pessoas originais no saber e no fazer, e principalmente no dizer. Os instantes que parecem ser dias. Os dias que se tornam intermináveis. A guerra diária que se amplia para toda vida e com todas as formas e certeza, os lugares mais sóbrios e inóspitos para que eu reconheça em meus defeitos o quanto sou perfeito em conseguir sobreviver com meus defeitos. Perfeito, não é apenas algo impecável, mas também uma tradução de algum trabalho ou técnica que se exerce todos os dias afim de ter em mãos não apenas uma tarefa, mas uma maneira única de fazer algo que todos podem praticar.

A banda debandada,
Em pequena larga escala,
Diafragma de pensamentos,
Nas conexões sofridas,
Sem objetivo algum,
De sentir enganações.

 Pois praticar o bem, ser honesto, buscar felicidade, e não se entregar ao crime ou aos delitos de alguns seres exigem que possamos exigir para eles também que estejam, sem mais tempo. Sem mais clérigos, bancadas, festividades, falsos amores e grandes covardes.

Em dias de paz,
Eu reconheço a guerra,
Os heróis vencidos,
Os bandidos perdidos,
As mulheres solitárias,
Nestas oculares palavras.

 Sem mais tempo, aos corruptos. Sem mais tempo aos drogados homicidas. Sem mais tempo aos rascunhadores de destino. Sem mais tempo para se preocupar com as ações dos outros. Sem mais tempo para escolher amigos, amores, famílias. Sem mais tempo para se perder. Sem mais tempo para se achar. Sem mais tempo para ter, evoluir, empreender. Sem mais tempo... Sem mais...

Pois todo tempo do mundo,
Nos foi dado sem ambição,
Para que tenhamos tempo,
De concluir nossas palavras,
Em invariáveis destinos,
Nos aguerridos caminhos.

Espaços aclamados,
Corações esvaziados,
Olhares semi'baixos,
Longe dos desvarios,
As sensações de continuar com a lutas,
Em todo e qualquer sofrimento.

 Sem mais tempo para sangrar. Sem mais tempo para sofrer. Sem mais tempo para preocupar. Sem mais tempo para tecer mistérios. Sem mais tempo para se ter em casos mesquinhos. Sem mais tempo para acomodar. Sem mais tempo para deixar de se satisfazer. Sem mais tempo para calar. Sem mais tempo para esquecer de mim mesmo... Sem mais tempo para deixar de viver quem sou... Sem mais tempo para conhecer todos os tempos.

Humberto Fonsêca