Mata Um Escritor Porque Poeta É Sangue Ruim
Ta criminosa a vida,
Em tão pequeno espaço,
É começo do fim,
Palavra voz estilhaço,
Entre tantos caminhos,
Metáfora de espinhos,
Eis o poeta de sangue,
Que não brilha como um monte,
Idoneo, puro, natural.
Essencia viva e morta,
Homem do campo, cosmopolita,
Vida de marginal,
Solta os meninos do repente,
Marmelos de embolada,
Eu sempre fui gigante na hora de ser pequeno,
E o que os olhos não diz,
É sobre a luz do espelho,
Impacto cego luzente,
No ar, na aurora azul,
Moderno, diverso, e neutro,
Eu fecho os olhos da janela,
Para ver brilhar o espaço,
Enquanto viro vida,
Enquanto viro mar,
Depois de esquecer,
Aquilo que não se sabe,
Que ouve e diz,
Canta e cala,
A voz tão burra,
Da prece que é a fala,
Cultura, luta, puta, paz,
Que porra é essa.
Você filma o que falo,
Sem nem pensar no caso,
Dizendo conhecer,
O que neném sabe.
Cinza!
Não vem de garfo que hoje é sopa,
Se esgueiras ou pasmavam,
Redundâncias, pensamentos,
Fins, recivos, mostraduras,
Meus utensílios,
São versos às avessas,
Que iluminam a dor de um caminho,
Apregoando cidades,
Com alguidar,
Balaio de farnel.
Escrtitor que vara o mundo,
Na desgraça do suburbio,
Zumbindo poesia,
Nectando a plebe,
O homem é rude,
E seus versos que me espere.
Remar contra é fácil,
Eu quero ver pular do barco,
Tenho me entregue a poesia,
Num encontro diplomático,
Faveliano, dentro de um sertão praieiro,
emplacado por abandono,
Mata um escritor porque poeta é sangue ruim,
Quem não se une ao sofrimento,
Eu tenho, posso ter,
Que se vá a morte com o seu amor,
Mata um escritor porque poeta é sangue ruim.
Mata um escritor porque poeta é sangue ruim,
Quem não se une ao sofrimento,
Eu tenho, posso ter,
Que se vá a morte com o seu amor,
Mata um escritor porque poeta é sangue ruim.
Humberto Fonsêca
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