segunda-feira, 20 de maio de 2019

Poesia - Literatura - Minha Resistência Viva - Humberto Fonsêca





Minha Resistência Viva

Mandaram uma mandala, Com as palavras de Mandela, Malala, A mesma, tinha formato de bala. Aos cruéis fatos sofridos por Maria da Penha e tantas outras, Nos entraves de uma violenta América Latina, Onde a brutalidade patriarcal, Enraizou os feitos explicados pela justiça, Com uma imoralidade em prudência, Vemos a diversidade do sangue africano, Onde reluz a consciente insistência, De resistir até os dias atuais, Como se fosse ainda o início da mesma guerra, Que por dias, horas, minutos, parecem diferentes, Sendo a mesma que por todos os tempos impera... Violência psicológica, estupros nos metrôs, silenciando empoderamentos, Não são mais causas feministas, são pessoais. Por saber que a pior das prisões, É o preconceito que não liberta tua mente, Pois, se tu libertares o que sentes, Viverás em meus conflitos, Onde cor ou manifestação alguma, Coloriu o luto das lutas, Com efeitos colaterais pela liberdade. O que as políticas institucionais, públicas e privadas, me negam, Meus olhares, cabelos, vestes, atitudes e etnias, Reproduzem nas essências das éticas, Uma revolta consciente, consistente, operante. Tu queres que inicie com números, dados ou gráficos? Sobre violência, homofobia, descaso social? Não vou minorizar minha gente, meu povo, minha origem, Minhas lutas de classes já bem dizem, Somos minorias. Do tardio crescimento provocado pelas globalizações, Crescemos usurpando heranças do neocolonialismo, Mostrando o país de todas as raças com preconceitos internos, Onde esqueceram os negros, Investiram maciço nos imigrantes, Onde depois das guerras, as maiores invenções do século dezenove, Foram as higienizações que criaram as favelas, País escravista de monarcas imperialistas, Leis de reis, do ventre, sexagenários, áurea, Batalhas sociais pelas tais cotas, Quanta liberdade idealizada, Se até mesmo o Almirante Negro, Apanhou suas chibatadas. I have a dream, Sim, nós temos um sonho, vários, milhares, incontáveis, Nestas savanas ideológicas, Onde a luta do mais forte contra o mais fraco, Mostra a importância dos temidos quilombos, Na estética dos palmares de Maria Mariá. Apartheid brasileiro, Ditaduresco, político, repressivo, Segregação racial, cultural, intelectual. Quem representa o olhar da menina e seus versos, Não sou eu, você, A poesia que te conta ou a causa que ela exerce, Da qual trouxeram uns até ali, outros até ali, alguns até lá, Podemos ter a certeza de quando começou, Mas não saberemos nunca quando vai acabar.

Humberto Fonseca

Poesia - Literatura - Caminhos De Uma Praia Vermelha - Humberto Fonsêca




Caminhos De Uma Praia Vermelha


Pelas luzes de Velázquez,
Um dia,
Com sol.


"Me inspira deusa,
Com os ares do céu,
Minha mente transporta,
Tuas cores ao papel."



A maior,
Autoridade,
Chama -se,
Liberdade.

Meus pés,
Caminham,
Livres.


"A saudade manuseia-se lentamente, exercendo suas memórias"


O verdadeiro amor,
Te conduz,
A liberdade.



Humberto Fonsêca

Poesia - Literatura - Esse Texto Em Nenhum Momento Foi Feito Pra Você - Humberto Fonsêca





Esse Texto, Em Nenhum Momento, Foi Feito Para Você 



"Nunca discuta com pessoas mal amadas, nunca conteste pessoas manipuladoras,  nunca se submeta a jogos psicológicos, elas sempre foram incompreendidas e no auge de seus domínios transformam-se em opressoras, você não precisa discutir com alguém algo que você sabe que tem a fazer, você não precisa chegar ao mesmo nível para simplesmente dizer sua opinião, ponto de vista, o observável não precisa ser discutido, o inteligente silencia, o tolo contesta, pois suas grandes teimosias são por causa do ocultismo,  dos segredos que as individualizam,  das desconfianças que não as aproximam, em algum momento de suas vidas foram traídas por causa de seus mais puros sentimentos,  tornaram-se inseguras, desconfiadas, nada além de exibir o orgulho exarcebado consegue-as alegrar,   tipos com esses pensamentos, atitudes, acreditam ser de uma (topologia) acima de tudo e de todos, suas frustrações e derrotas fazem com que transformem as nossas sofridas e difíceis  competências interpessoais conquistadas  em objetos, apeladores emocionais ão de abusar estimativas cognitivas com suas precariedades sentimentais, o espelho de seus reflexos deveriam refletir suas almas (faculdades mentais), porém,  analisam o outro como inimigo,  invasor, diferente, (utilizam a inteligência contra si e contra o próximo), nenhum terreno é seguro, nenhuma pessoa é confiável,  mas nem por isso deixaremos de caminhar alegremente,  desbravar lugares desconhecidos, se conhecer com desconhecidos,  entender que muitas, muitas vezes mesmo, a dúvida do outro também é minha, para aqueles que não  vê limites,  os parabenizo, mas também os informo que os mesmos existem, o tipo social do qual fora aqui interpretado nos conduz sempre aos seus limites, suas barreiras mentais, suas linguagens e hábitos, habilidades, conseguem de certa maneira esconder seus sofrimentos, mas escancara como tratam os nossos sentimentos".




Humberto Fonseca

Poesia - Literatura - Nem Amor, Nem Ódio... - Humberto Fonsêca





Nem Amor, Nem Ódio...


Quando Deus tem um plano na vida do homem ninguém muda o curso de seu destino, nem as doenças, cadeias, vida difícil, você torna-se alvo do soberano, do único que deixou os sentimentos simples que os homens copiam para imaginar sua imagem e semelhança.

A ordem precisa de desordem,
A desordem de ordem,
Nada está fora do lugar,
Além de nosso pensamento.


Não há solução para perdas, e se há, é porque podes recuperar o que te fez falhar...
Recupere-se, se erga, retribua-se,
Avance, cresça,
Seja impossível, todo passado nos ilustra a vencer.

Agradeça pelas dificuldades,
Você vai sair delas forte.
Cante no momento de tristreza,
Tocando para as catástrofes a melodia de não desistir.

Respeite o seu próximo como a ti mesmo.

Saiba que os mandamentos de Deus são ensinamentos,
Os homens que o transformaram em ordens por não conseguirem parar de cobiçar, roubar, matar, mentir, e desesperadamente não se desviar dos desejos da alma e do coração enganoso.

A inveja, há inveja, nem quero falar dela...

São infiéis a suas esposas, filhos e desconhecem os verdadeiros valores da amizade.

O dinheiro e poder parecem ser a solução digna, mas sabemos a desgraça que se encontra o mundo pela dedicação desses homens em manter todo seu conhecimento e força para roubar, matar, e destruir.

Construímos nossas diferenças com a força de essências que perfumam nosso espírito afim de exalar-mos as lutas onde nosso interior silenciam, expoe-se na lavoura do destino a unificação dos sentidos, o que te motiva a tomar iniciativa?
Vontade, amor próprio ou revolta?
Quem te inspira buscar por si satisfação de outros?
Todo homem é uma pedra no caminho do outro que precisa de sapatos.
Convém fazer conveniência ou diferença? Você busca solução ou constrangimento?

Gosto de certo modo que me vejam inerte, desconfiem de minhas habilidades, que riam e façam piadas da minha capacidade, que pensem em seus espíritos imundos que sou mais um cabeça-chata, sem estudo...

"Sofremos qualquer agressão ao ser a transgressão".

Eis o porque do meu confiar em Deus, ele sempre busca fazer tudo novo para quem nele exerce sua fé, tira-nos dos outeiros para os lugares altos, assim tu vai dar lufadas na vida e perder a vista de teus inimigos.

Mas estes homens não sabem...

- Que eu vim pra fazer revolução.


Humberto Fonseca

Poesia - Literatura - Disvigiar, Dispunir - Humberto Fonsêca


Disvigiar, dispunir



 "O poder não suporta repressão ao poder. O poder quebra. O poder esfarela. O poder desce pelo ralo. O que o poder não suporta nem nunca será capaz de suportar são pessoas com poder em suas mentes, poder de libertar, poder de manifestar, poder de questionar sem protestar, poder de replicar sem inquisição, poder de não obrigar, poder de não usar a violência, poder de até mesmo usar as táticas mais violentas para bestificar os violentos, poder de não ferir, mas o de curar, poder de fazer o errado acertar, poder de não fazer o acerto errar, poder de viver, sem subestimar, poder pressionar com um olhar e olhar sem pressionar, poder de artimanhas poderosas, que juntas tornaram-se simples atitudes de poder. O poder da competência, é o poder da resistência."

Poesia - Literatura - O Que É Felicidade - Humberto Fonsêca





O Que É Felicidade?


 O que é felicidade? Um estado de espírito ou acúmulo de bens? Satisfação pelo que conseguiu ou aceitação do que não fez? Seria entender o que aconteceu ou lutar contra os acontecidos? Nestes dias não mais me pergunto o que é felicidade. Pois mesmo nos momentos de tristeza ou solidão encontro felicidade.
Felicidade é ter memória, e ter memória, para vivenciar a felicidade, é poder relembrar que tudo que fizestes fora para praticar o bem.





Humberto Fonseca

quinta-feira, 16 de maio de 2019

Poesia - Literatura - Eis O Leitor - Humberto Fonsêca





Eis O Leitor



É muito legal,
Escrever coisas boas que as pessoas querem ler,
Melhor ainda,
É viver aquilo,
Que elas podem escrever.


Por estas, e outras.
A escrita,
Na falta paixões, tem sido um eterno amor.

"Todo ser humano antes de se estressar em coisas vãs e tolas, deveria preocupar-se mais com o descanso da mente e do corpo".


"Não mencione, cumpra,
Não faça pergunte,
Haja com justiça".

Até mesmo quem se diz poeta 
Quando se cala,
Se não for vida em versos em mente,
É simples poeta que fala e não sente,
Pois não saberá este poetizar o que vive intensamente.

A cada dia que acordo,
Saber que os tenho,
Longe, perto, em abstrato instinto,
Sentimentos puros que preciso,
Para seguir acreditando,
Que a vida sem vocês não faria nenhum sentido.



Humberto Fonsêca

Poesia - Literatura - Carteseano Planos - Humberto Fonsêca







Cartesiano Planos





Penso, logo, desisto,
Penso, logo, insisto,
Penso, logo, omito,
Penso, logo, admito.

Penso, no que repenso, 
Penso, no que dispenso,
Penso, no que esqueço,
Penso, no que lembro.

"Você pode ter seu caráter sendo colocado a infinitas provas, tua dignidade livrar-te-a de jogos emocionais, jogos psicológicos, jogos estratégicos... Teu amor mostrará no que realmente deves apostar, evite martírios para sua liberdade, a mesma não será guiada por ambição, enfim, não se encontre com definições que podem roubar - te vida, o tempo é valioso e não pode ser novamente recuperado, se hoje não evitou os jogos, amanhã... Esqueça de tirar suas cartas das mangas. Quando apostamos em um caminho estreito, na guerra individual pela paz interior, temos em nosso ser a onisciência de realizar o encontro para nossas soluções".

Penso, quando não deveria pensar,
Penso, quando deveria celebrar,
Penso, quando não estou consciente,
Penso, quando não deveria subestimar.

Penso, quando deveria ser egoísta,
Penso, quando seria intimista,
Penso, quando estou seguro,
Penso, quando seria impulso.

"Não é preciso nada fantástico para que a nossa criatividade aliada com a percepção nos capacite a fazer coisas normais serem geniosas".





Humberto Fonsêca

quarta-feira, 15 de maio de 2019

Texto - Literatura - Escola Pública, O Brasil Que Não Se Conhece - Humberto Fonsêca




Escola Pública, O Brasil Que Não Se Conhece



           Diante dos atributos, da democracia, da hipocrisia populista, da surrupiação do estado que se "diz, democrático, sonha em ser democrático, aspira ser democrático, esbanja ser democrático, ambiciona ser democrático,  se ilude dizendo ser democrático", distante das realidades brasileiras e do futuro, "incerto no futuro pretérito mais que certo", desejando enaltecer poderes e oligarquias falidas, histórias sucateadas, atrasos mitológicos, ambições propagandísticas, o Brasil que acordamos é o Brasil que sonhamos, é o país democraticamente mais podre da face da terra, é o país mais intrigante que podemos citar, é o país mais rico e miserável do qual podemos viver, é o país mais covarde em que pode lutar para ter uma vida digna, é o país mais indigno para se ver a dignidade, é o país fraudulento, impróprio, sonegado as sonegações, Que País É Esse Renato Russo, Só Deus Pode Me Julgar MV Bill, o que podemos esperar destas superioridades inferiores? destes inferiores metidos a superiores?


            Triunfamos em um passado desonesto e um futuro propenso a missões cooptadas para desmerecer nossos semelhantes, não nos conhecemos como povo, nem tampouco, nos conhecemos como cidadão, reclamamos e não conhecemos as leis, estudamos e não sabemos para o que, porque, ou quando será algum dia usado tal estudo, são as propriedades observando todos os círculos motivadores de vingança e falta de honestidade, lutamos inalienavelmente para propiciar justiça, somos de uma justiça alienável e mitigadora, aprendemos com nossos professores o que nunca iremos usar, pois nossos professores, são mestres também na arte de omissão e falta de caráter com o momento simbólico e castigado sobre a realidade brasileira.


            Um país sem capacidade de julgar seus réus, um país sem capacidade de julgar as decisões, um país sem capacidade de estruturar suas diferenças, um país sem capacidade de abreviar a pobreza, um país sem capacidade de distribuir a riqueza adquirida por tantos trabalhadores, um país sem capacidade de se perguntar, para onde foi a nossa capacidade? Pátria amada, quem será o nobre nos seus palanques, bancadas, planaltos, supremos?


           Brasil, como fazer para se extinguir de teu povo, nunca de teu país, como fazer para abandonar tantas ideologias, nunca tuas nuances, como fazer ara se desarraigar da sociedade hipócrita, nunca de tuas naturezas, como fazer para abandonar tua imbecilidade populista, nunca teus conceitos mestiços, Brasil, o que fizestes para ter um povo ingrato, cruel, podre e salafrário, indignos de ressurgir os valores de uma pátria, a verdadeira identidade do povo onde se esconde, quem poderá explicar a capacidade corrupta e mesquinha, quem poderá educar por instruir, para sermos cidadão orgulhosos, para sermos um povo capacitado e digno, para ser um povo que independente de suas características e raízes encontro o retorno de sua integridade.


        País que se submete ao invés de enaltecer, país que se mostra ao invés de aparecer,m país que se esconde ao invés de expôr, país que coopta ao invés de institucionalizar, pais que institucionalmente apodrece na burguesia assassina e ladra de sonhos.



Humberto Fonsêca

Poesia -Literatura - Ser Independente - Humberto Fonsêca






"Ser Independente"



Não é ser livre das sociedades,
Mas é estar com a cabeça livremente,
Longe das amarras, das cancelas, dos pensamentos decadentes.
Não é se sentir autoritário, intolerante, ignorante,
Mas é valorizar com unhas e dentes cada passo dado,
Cada caminho cortado, rua e traslado,
Mesmo sem ter nas condições do imponentes salafrários,
Facilidades para escalar tais itinerários.

Ser independente,
Não é conseguir triunfos, exércitos, conceitos,
Mas sim estar alinhado de todos os preconceitos,
Perto até mesmo dos mistérios sem conhece-los,
Longe das falcatruas que os mesmos nos tem feito,
Descansando sobre o maremoto dos inimigos inanimados.

Ser independente,
Não é ter uma luta, uma causa, uma ética,
É apenas uma escolha para que o coração não se aborreça diante de tanta merda.

Ser independente,
É gritar, brigar, sair na porrada,
A partir dos momentos que pensam que nossas causas,
Também não parecem serem causas.
Mas são, e merecem respeito,
Pois se chegamos até aqui, até este mesmo preceito,
É porque alguma luta em prática teve efeito.

Lembro-vos também,
Que ser independente não significa que estamos sós,
Pois podemos ter tantos aliados quanto vossos inimigos,
Tantos presságios quanto os arredios,
E tantas lutas adiante que simplesmente,
Vamos mandar também pra puta pátria que o pariu.

Ser independente,
É ter face, alma, coração,
É ter orgulho em estar só, amar a si próprio,
Conhecer seu entusiasmos e fracassos,
E saber antes de tudo,
Que se chegamos independente a este cadafalso,
É porque já é, já foi estudado, previsto,
O colapso.




Humberto Fonsêca

Poesia - Literatura - Os Espaços das Inverdades - Humberto Fonsêca



Os Espaços das Inverdades

           


              Quem nunca sofreu um preconceito ou calúnia, jamais vai entender ou suportar alguns momentos desta irredutível e inefável insistência de sobrevivência, da qual chamamos absolutamente de vida.

              E se continuamos até morrer por meras especulações, ou por puro prazer, livrar-se do ódio absolutista e das santidades perversas, é o caminho para descarregarmos nossas revoltas sem nenhuma neurose, apregoados em numerosos plebiscitos de satisfações oligárquicas e quimeras imperiais...

            Os insistentes donos do poder contraditório se auto contradizem, vestem a cueca por cima das calças, tiram as calcinhas sem ao menos ver para quem realmente está dando, não se separam mais "as injustiças dos verdadeiros e as verdades dos justiceiros", e querem a custo de toda democracia hipócrita dizer que estamos suscetíveis ou sustentados por estes bando de miseráveis poliglotas da única linguagem visível; (roubo e prostituição), pois se prostituem quando roubam e roubam quando se prostituem, mais amplamente diversificando a você leitor que parece débil, mas sei que não é, vos digo; (eles estão a se vender até mesmo de corpo e alma), querem salvar a imagem, mesmo que deteriorem todo corpo.

             Quanto mais o corpo e de cristo, o corpo de Buda, o corpo de quem seja lá uma imagem revolucionária, para se esconder entre as falácias de códigos suntuosos e missões fraquejadas pelos quatro cantos, pois; quando se compra, é apenas um consumidor, mas quando se luta, podemos chamar de guerreiro.

             E a luta da qual estou virilmente explanando é de que "não estou a venda por estas lutas", e que simplesmente, a minha liberdade é uma expulsão, não deve ser retorcida, divertida, tampouco mal entendida ou compreendida de outra maneira, pois, saibam; não estamos no mesmo barco, apesar de o destino ser o mesmo.


            A minha esperança é fonte renovável, energia que se converte com a sabedoria, e em todo esse pequeno espaço de poucas palavras, havia muito pensado, talvez contumaz, para que fossemos ampliados neste exato momento, vocês nunca criaram, sempre inventaram, plagiaram, diversificaram uma originalidade que renasce a cada instante, pena que seja no eu interior, e não nesta vontade absolutista exterior de enganar a sabedoria, pois se saber não ocupa espaço, aqui estou ocupando este exterior espacial vazio de suas improvisações fraudulentas sem nenhuma inventividade.



Humberto Fonsêca

Poesia - Literatura - Noite Lúdica - Humberto Fonsêca







Noite Lúdica



Sentimentos esvaziam,
Copos vazios,
Destilados nos venenos da madrugada.

O ódio maturado, encontra capas, vestes,
Esconderijos esfumaçados,
Pessoas fantasiadas de super-heróis derrotados,
Completamente perdidos,
Nos desejos dos gastos comuns,
Se encontram para realizar mais uma infame busca.

Do lar destruído, da experiência nefasta, da calamidade  proposital,
Será que se escondem? Será que se apresentam? Será que estão perdidos?
Alma doida e vã, irresoluta de escutas, no sobre aviso do caos.

Noite lúdica,
Permeada de devassidões, crimes, prostituição,
A prontidão ao mal próprio,
Ao consenso inóspito,
No referendo da auto mutilação...

Embriagada, entorpecida, embebida,  mergulhada, afundada no breu dos sabores.

Culminando planos,
Sonhos, realidades irreais,
No escuro íntimo perturbado.






Humberto Fonsêca

Poesia - Literatura - Hurricanne - Humberto Fonsêca









Hurricanne


                     Será que nossas opiniões ultrapassaram a consciência e o saber coletivo? Seríamos nós ainda movidos ao autoconhecimento? Ao conhecimento deliberado? Ou as formações políticas majoritárias atuantes? Esquecemos do Hurricane que existe em nós? Se somos nós que em algum momento pagamos nossos estudos, quem pode ditar ou discutir nossa educação? E todo aprendizado e conhecimento adquirido ao longo dos anos, será que foram eles ensinados por qualquer inconsequente desprezível? Será que tantas bombas e socos na fuça foram apenas para ter um bom treinamento e suportar as dores? Será que todo preconceito entre esses mundos conceituais e acadêmicos é apenas para ser mais um ser podre destes pensamentos populistas endêmicos e racistas? Será que não pode haver orgulho individual pelo que se sabe, pelo que se conhece, e principalmente; pelo que se domina com arte, nunca com violência? Será que nos tonaremos tão mais miseráveis que os miseráveis que imploram? Será que  estaremos no meio de um furacão sem sentido criado e propriamente dito para iludir vossas concepções? Será que meras "conexões", "contatos", "significados", "simbologias", "códigos", vão continuam valendo mais que seres humanos de verdade? Seremos nós então "hackers" ou "crackers"? A força da nossa sabedoria seria maior do que o desejo pela violência? Quem nos ensinou a escrever, ler, contar e fazer histórias? Quem continua menosprezando o conhecimento desconhecido? Seremos nós então obrigados a saber e discutir o que não se quer? Entende-se que a disposição, é uma atitude também, e se estamos dispostos a não aprender certo tipos de significados e segredos decifráveis é pela simples harmonia que temos com nosso entendimento e conhecimento?






Humberto Fonsêca

Poesia - Literatura - É Preciso Se Conformar - Humberto Fonsêca





É Preciso  Se Conformar


Sem equipamentos,
Com um monte de gente atrapalhando,
Doente,
Cirurgia na perna,
Inflamação,  febre...

Mentirosos, soberbos, arrogantes,
Falta de verdade ante tanta ganância,
Um falso jogo,
De uma limpeza que não existe.

Sabotagem,  inveja,  discórdias,
Brigas,  mentiras, falsidades,
Em meio aos mestres ignorantes,
A súmula falta de originalidade,
Sábios metidos em burrices,
Ou não sei se são burros metidos a sábios.

Falta estética,
Criatividade,  treino, coragem,
Vontade de aprender.

Que exige humilde,
Amizade,  disciplina,  sinceridade,
Capacidade e instrução,
Sabedoria, inspiração,
União,  integração.

Não tá faltando  oportunidades,
Falta verdade,
Estudo,  vontade de fazer,
E principalmente,
Falta amor para encontrar tudo isso.

Em nenhum momento me perdi,
Só deixei de ganhar,
O que não era meu.

É preciso se conformar,
Pois mesmo sem ganhar,
Não me tornei um perdedor.



Humberto Fonseca 

Literatura - Texto - O Bem, O Mal, Das Lembranças - Humberto Fonsêca





            O Bem, O Mal, Das Lembranças

   

                  Será tão insuportável recordar? Relembrar? saber o porque de alguns tempos atrás não serem mais reavivados? O que se passa entre aquilo que vivemos e o que não mais suportamos? Porque certas lembranças são como martírios inseparáveis de uma dor alimentada pelo mistério de nossas histórias e legitimidades, pois lhes demos lugar para que ainda que não desejemos as mesmas sobrevivam. O que nos faz compreender que não mais desejamos assimilar o que fizemos? Essas angustias misturada com falsidade até onde e quando vai ser suportada? Eu observo como as pessoas tem medo de seus passados, parecem que nunca viveram, santificaram-se, não sei que remédio é este capaz de apagar o tempo, nossas experiências, nossos saberes, se verdades tem que ser ditas, as mentiras estão mais que exibidas, um medo superficial de entender quais são as prioridades da vida, porque lembrar ou contemplar uma lembrança da qual não foi positiva na sua vida, mais fora marcante, é simplesmente refutada? Não existiu um dia legitimidade para que tais sentimentos estivessem guardados? Não existiu a veracidade dos acontecidos, e porque não há veracidade das lembranças, do passado? Chegamos até o dia atual sem que haja algum passado sobre nós? Somos intactos? Desmemoriáveis? Até o dia de hoje, não lembramos sequer de ontem? Como compreender e explicitar que as pessoas estão carregadas de mágoas, de ódios, de solidões acompanhadas, "pois elas não largam tais sentimentos, tampouco sobrevivem sem eles, aprisionam esses tempos, na esperança de dominar que os fez acontecer", entender como as circunstâncias da vida acontece é uma transformação excitante, e simplesmente mesmo após anos, ainda vê-se essa falta de tesão em entender que nem tudo é pra sempre, nem todos são passageiros, que as nossas atitudes mudam com o tempo, que nossos conhecimentos estão em constate transformação, que as nossas dores devem ser supridas por este presente do qual tanto lutamos para modificar o que aconteceu no passado,


                 É como se estivéssemos produzindo vazios, vagas, espaços, dimensões, campos abandonados, casas desabitadas, corações quebrados, mentes ocas, olhos vagando, razões que se dispersam, pensamentos que se perdem... Simplesmente, falta vida nesta composição da qual vocês tanto lutam para me dizer que é boa, falta harmonia, embalo, ritmo, baseada num sistema de perseguição, olhamento, encantamento, seguidores, vigilância, qual vigilância constrói conhecimento? Qual perseguição induz a criatividade? Que repressão mais insuportável de se ver, pois se vive naturalmente.


                Se suportam nessa condição como se a obrigatoriedade fosse uma invenção do novo mundo, e resguardam a vigilância como uma interatividade capaz de trazer bons resultados, Como culpar pessoas que parecem já terem nascidos com culpa? Escravos de si mesmo, sequer conseguirão sentir o dia que estiverem sendo escravizados.


Humberto Fonsêca